O PRÉ-SAL ABRE UM NOVO HORIZONTE PARA O BRASIL

UM TESOURO NA PLATAFORMA CONTINENTAL

As jazidas de petróleo e gás até o momento descobertas no Brasil estão estimadas em 15,9 bilhões de barris. O plano do Ministério de Minas e Energia é ampliar esse volume em 50%, com a exploração avançando no mar além das 200 milhas náuticas (cerca de 370 quilômetros da costa), fixado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Há um pleito do Brasil junto à ONU no sentido de ampliar esse limite para 350 milhas náuticas (cerca de 650 quilômetros da costa).

Estudos avançados apontam a faixa na vizinhança do pré-sal, na Bacia de Santos, litoral paulista como a de maior potencial. Essa área, que detém reservatórios que correspondem a 57% da produção de petróleo do Brasil, é conhecida como espelho do pré-sal. 

Sobre os trabalhos de exploração de petróleo e gás acima dos limites de 200 milhas, a previsão é de que os blocos serão leiloados entre 2020  e 2021.

Se a ONU aprovar o novo limite de 350 milhas náuticas requerida pelo Brasil,  com a experiência que tem a Petrobrás e outras companhias privadas na exploração do ouro negro em águas profundas, cresce a perspectiva de nos tornarmos, de fato, auto suficientes em petróleo e gás, além de chegarmos à uma condição especial de país produtor por excelência disputando com vários outros países o aprimoramento da exploração na plataforma continental, e os primeiros lugares na produção desse riqueza que move o mundo, apesar do progresso da tecnologia da energia limpa, em benefício do meio ambiente, como a solar e a eólica. 

O BRASIL PODE SE TORNAR O 5º PRODUTOR MUNDIAL DE PETRÓLEO

Oriente Médio é a região que abriga as maiores reservas mundiais de petróleo (cerca de 65%). Mas os 5 maiores produtores são: Estados Unidos, Arábia Saudita, Rússia, Canadá e China.

O Brasil aparece na nona posição da lista divulgada pelo EIA (Estoques de Petróleo Bruto – EIA Crude Oil Stocks Change), tendo produzido, em 2017, cerca de 3,36 milhões de barris por dia. Depois da descoberta das reservas na camada pré-sal, o país passou a ter mais destaque na produção e exportação do mineral.

De acordo com Mauro Ferreira Coelho, diretor de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisas Energética (EPE), o Brasil tem capacidade para se tornar um dos cinco maiores exportadores de petróleo até 2026. A previsão positiva é baseada no crescimento constante da produção brasileira. A estimativa do EPE é que o país alcance a marca de 5,2 milhões de barris por dia. Saiba mais agência brasil

O NOVO PLANO DE GÁS E A SITUAÇÃO PRIVILEGIADA DE SERGIPE 

Segundo o professor Rômulo Sampaio, professor de Direito Ambiental da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em depoimento concedido ao Jornal O Globo (ed. 29/07), “concorda que ainda faltam estudos para dimensionar o potencial desse expansão. Mas ressalta que, desde que o Brasil fez o pedido à ONU, nenhum país pode estudar a área: – Todo esse processo garante maior segurança ao país. No mar estão 85% de nosso petróleo, 75% do gás e 45% do pescado. São muitos os recursos”. 

Visando a ampliação dessa exploração na plataforma continental, em outubro está marcado um megaleilão que vai proporcionar ao governo uma arrecadação de cerca de R$ 100 bilhões, um evento que vai reanimar sem dúvida a indústria do petróleo.

Espera-se que entre os investimentos na área de exploração, construção de oleodutos e gasodutos, sejam acelerados a fim de que os sergipanos e nordestinos possam usufruir das imensas reservas na de gás, cujas descobertas foram anunciadas pela Petrobras.

O novo plano de gás natural do governo pode ajudar a criar no Nordeste um um grande polo de desenvolvimento, facilitando o surgimento de indústrias petroquímicas e estimulando outros investimentos, inclusive na área das termelétricas.

Nesses planos futuros o que martela na mente de empresários e da população é o barateamento do preço do gás. 

ACV