A expressão “em se plantando tudo dá”, remete à Carta escrita em 1º de maio de 1500 por Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel, contando sobre a nova terra, a descoberta do Brasil.
A carta indicava que a terra era fértil e dadivosa.
O Rio São Francisco, doando as suas águas generosas para os perímetros irrigados, possibilitou a abertura de um mercado pujante na economia rural de produção de frutíferas em Pernambuco e na Bahia.
Em Sergipe existem alguns perímetros irrigados, como Califórnia, Curituba-Capim Grosso, Propriá, Betume, que sobrevivem graças às águas do Velho Chico.
Sergipe tem todas as condições de entrar nesse mercado, e competir com a produção de uvas, e outras frutas, a exemplo do caqui e umbu.
Apesar das secas que se abatem sobre Canindé e Poço Redondo, no Estado de Sergipe, a Embrapa de Petrolina (PE), – com a execução de emendas impositivas durante vários anos em que fui senador- acreditou no que disse o escriba oficial do Descobrimento do Brasil, pesquisou, aplicou e descobriu uma área excepcional de produção de uvas no território sergipano.
O produção de vinho, como reflexo de sua cadeia produtiva, poderá tornar-se um fator de desenvolvimento regional. Ficou comprovado que o plantio é exitoso, gera emprego e renda para o produtor que se dedica ao plantio da uva na região.
Em função do apoio dado à Embrapa, utilizando-me de emendas individuais (recursos federais), durante vários anos, foi possível melhorar através de pesquisas a produtividade do milho e impulsionar a sua cadeia produtiva, em municípios como Simão Dias, Carira, Frei Paulo, Pinhão, Pedra Mole, e outros tantos.
Multiplicaram-se os municípios sergipanos interessados na cultura do milho, os quais passaram a ter este produto, pelo sucesso dos experimentos a cargo da Embrapa, como a principal atividade no campo a contribuir para a alavancagem do desenvolvimento agrícola, e a geração de milhares de postos de trabalho.
A qualidade do milho – que inclusive se estendeu fortemente para o Estado da Bahia (1º produtor regional), e para várias regiões de Sergipe (2º produtor regional) -, serviu para uma disputa concorrencial saudável com estados do sul-sudeste que se dedicam a essa produção agrícola.
Acompanhe a reportagem a seguir do técnico da Embrapa Guy, testemunhando a sua experiência em Sergipe na produção de uvas. Essas uvas tanto podem ser aproveitadas in natura como na produção de vinhos. E já está acontecendo.