política

PARA ONDE VAI O BRASIL?

AVALIAÇÃO INÉDITA PREOCUPA 

Em pesquisa do IBOPE (divulgação, UOL notícias), o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem a pior avaliação em 24 anos,  nos seus três primeiros meses de mandato, em comparação com outros presidentes a partir de FHC. Bolsonaro tem apenas 34% de avaliação (ótima+boa), entre os brasileiros.

 

DESCONTROLE NA ECONOMIA E NA POLÍTICA 

Para um governo que está iniciando os seus trabalhos é um resultado muito preocupante.

Esses números que mostram uma queda acentuada da popularidade do governo que veio pra mudar, sinaliza para uma situação de descontrole da economia e da política.

Parece que a sua pregação de se distanciar das “velhas práticas”, muito embora tenha sido esse o mote principal de sua campanha, não lhe ajuda na avaliação do IBOPE.

O DISCURSO E A PRÁTICA 

Pode ser que a população esteja pensando que não basta o repúdio à política ultrapassada do toma-lá-dá-cá. É preciso que na prática isso fique muito evidente, que não haja concessões de qualquer espécie, e que a economia esteja bem dirigida.

Ora, com ministros sendo investigados ou denunciados, juntos com um de seus filhos, e o desemprego voltando aos tempos de Dilma Rousseff, somando-se a medidas extemporâneas como o decreto das armas, e mudanças que não foram bem assimiladas pela população nas regras de trânsito, é de prever-se que a baixa popularidade do presidente ainda mais se acentue. 

É PRECISO USAR A CANETA BIC DOA A QUEM DOER

Vamos acompanhar os próximos levantamentos. Se os níveis da gestão governamental tiverem uma curva ainda mais descendente, para não afundar o seu governo, o presidente Bolsonaro terá que mudar a sua postura de entendimento com o Legislativo, e, usando a sua caneta bic, fazer uma mexida urgente em seu ministério. 

A crise precisa ser estancada com medidas duras e que sejam visíveis a olho nu. Anúncios improvisados de medidas esparsas com cara de atos populistas não resolvem. 

Para ganhar a confiança da população o governo precisa tomar providências na política e na economia, cujos resultados venham repercutir na vida de cada brasileiro. 

Só se fala em reforma da Previdência como tábua de salvação. E se essa reforma for apenas uma miragem, para onde vai o Brasil? 

ACV

ELEIÇÕES, BRUXAS & DRAGÕES

VUCO VUCO 

ELEIÇÕES, REALIDADE E ILUSÃO 

Nas campanhas políticas por este Brasil afora muitas coisas são ditas e prometidas pelos candidatos para impressionar eleitores e ganhar votos.

Para enfeitar o pavão, o marketing contratado a peso de ouro tem que ser competente para mostrar as virtudes e esconder os defeitos do candidato.

O marqueiteiro, geralmente, é uma pessoa fria na estratégia a seguir, contorcionista na arte da dissimulação e convincente ao apresentar seu produto, o candidato. 

Tem que criar emoção em tudo que faz na telinha, no rádio e nas redes sociais em benefício do candidato. Tem que mostrar que o candidato é cuidadoso em economizar dinheiro público e que está preparado pra fazer tudo bem feito, e com devotamento, para atender ao sagrado direito do povo em ter uma educação, uma saúde ou  uma segurança pública de qualidade, e  tudo o mais que for necessário para romper a barreira da pobreza e dar tranquilidade à população.

O empresariado precisa ser convencido de que não haverá aumento da carga tributária, e que o serviço prestado ao governo ser-lhe-á recompensado com lucros e com pagamento em dia, sem atrasos ou procrastinações. 

O candidato é um ser especial, que tem resposta para soluções intricadas, adquiriu experiência pra resolver, é corajoso, tranca a cara às vezes para insinuar autoridade,  e cumpre o que promete. E gosta das criancinhas, que são o futuro da Nação.

O lado do candidato só tem doçura e eficiência, trabalho e honestidade, não lhe faltando as virtudes da humildade e do bom coração.

As cenas na TV têm que ser leves, alegres e coloridas, exibindo um cenário róseo, o céu é sempre de brigadeiro, como deve ser a vida sonhada por todos. O candidato repudia com veemência fazer traquinagens com dinheiro público. E que tudo será feito com transparência, de um modo tão claro como a luz do dia.

O eleitor tem que ser convencido de que o candidato é o melhor, e, que, na crise, surge como um super homem, quando menos se espera, arregaçando as mangas aparece com toda força,  e chega pra resolver, com as fórmulas mágicas de quem possui o poder de prever e vir de imediato com a solução.

Se por acaso o candidato estiver disputando a reeleição para o governo do Estado, será fundamental demonstrar ao funcionário público que a folha nunca será paga com atraso, e que, se alguma vez aconteceu foi por culpa da conjuntura ou da problemática nacional. 

Quando o candidato tem a máquina em seu favor, os apoios, em momentos de dificuldades – como os que tem atravessado o Brasil -,  vêm aos borbotões, a estrutura em sua volta é forte e quase intransponível. Os cargos de livre escolha, os famosos CCs são acionados com o aviso de que se o resultado for negativo na certa vão ser exonerados e substituídos pelo vitorioso. É ganhar ou perder. 

O bom marketing cria verdadeiras histórias de trancoso, para colocar o candidato na frente e vencer a corrida eleitoral.

Tem que ser também criativo, e até certo ponto, impiedoso, no desmonte do adversário. O ataque nunca pode ser frontal para não irritar o eleitor. Uma meia-verdade aqui, uma mentirinha acolá, com muita cautela pra não ser punido pela Justiça Eleitoral, vai danificando aos poucos a imagem do adversário, desqualificando-o para o cargo. Como faz um jogador de box, insistindo em bater na ferida até nocautear o seu oponente. 

Quando a gente quer divertir a criançada, faz uma roda, e começa a contar histórias divertidas e inverossímeis, lendas sobre fadas, como Branca de Neves e os Sete Anões, Chapeuzinho Vermelho, estórias fantásticas de seres extraterrestres invadindo o planeta, ou por assim dizer, estórias de trancoso, para aguçar por um tempo a curiosidade daqueles seres ainda puros e de boa fé, provocando o sono, e logo em seguida os sonhos. Sonhos aterradores de bruxas e dragões que serão lembrados para sempre. 

ACV

RETALHOS DA POLÍTICA – A INFLAÇÃO DO FIM DO MUNDO

 UM NOVO SERGIPE NA NOVA REPÚBLICA

Até os anos 70, do sec. 20, Sergipe era um Estado muito carente de obras de infraestrutura. Podia-se contar nos dedos a existência de boas estradas, de ações voltadas para o combate às secas e a fixação do homem à terra.

Apesar de Sergipe fazer parte da Bacia do rio São Francisco a escassez de água potável  nos municípios do Sertão e do Agreste era visível, aumentando o sofrimento de seus habitantes durante os longos períodos de estiagem.  Até a nossa capital, Aracaju, vivia o drama da falta do precioso líquido, ou até mesmo a ameaça de um colapso de fornecimento.

Por sorte, a Petrobras, uma força econômica em nosso Estado, precisava tocar os seus empreendimentos industriais, e a água era um insumo indispensável.

Em parceria com o governo Augusto Franco, a Petrobras construiu a adutora do rio São Francisco, destinada a suprir seus projetos (usina de Potássio e fábrica de Amônia e Uréia-Fafen), bem como ao abastecimento d’água de muitas cidades ao longo de seu percurso, desembocando em Aracaju, numa primeira etapa da realização dessa obra.  

Podia-se dizer que a adutora do São Francisco era uma obra redentora. 

O Sertão virava uma terra de ninguém durante as secas que dizimavam os rebanhos e provocava o fenômeno da evasão do homem do campo para as cidades à procura de água e comida. 

As secas acarretavam a interrupção e o esvaziamento das atividades econômicas tradicionais, como o plantio e o criatório de gado, e de caprinos e ovinos,  uma economia incipiente, mas, indispensável aos pequenos negócios e à alimentação da população sertaneja.

Assumi o governo de Sergipe no dia 15 de março de 1987. Slogan escolhido, Governo do Novo Sergipe. A Nova República, que fora construída e idealizada por Tancredo, por um imperativo do destino, se encontrava nas mãos de José Sarney. 

 

O PLANO CRUZADO DE COMBATE À INFLAÇÃO

José Sarney,  Vice-presidente, assumiu o governo da Nova  República, no dia 15 de março de 1985, em substituição ao presidente Tancredo Neves, que morreu antes da posse, emocionando o Brasil, deixando-nos à mercê do imprevisível.

Mas, parecia que a Nação, ainda que despedaçada pela dramaticidade daquele infortúnio, não perdera a esperança de melhores dias. O povo compreendeu a situação e deu a  Sarney no começo um crédito de confiança a seu governo, que se instalava em caráter de transição com vistas à retomada da plenitude democrático.

Sarney lançou, em  fevereiro de 1986,  o “Plano Cruzado”  que tinha como objetivo conter a inflação. Em 1985 chegou a 235% ao ano. 

O referido plano, nos primeiros meses foi um sucesso nunca antes experimentado no Brasil. Sarney tornou-se de um dia para o outro uma figura estimada, um presidente visto e respeitado como um político decidido e corajoso ao vigiar com firmeza o abuso da remarcação dos valores dos produtos nos supermercados, e a punição a fazendeiros que escondiam suas boiadas esperando a evolução dos preços da arroba para auferirem mais lucros em cima da população. As pessoas, espontaneamente, apareciam de caderneta na mão como “fiscais de Sarney“.

O PMDB VENCEU EM TODO O BRASIL, MENOS EM SERGIPE

Nas eleições de 1986, o PMDB, partido do presidente Sarney, conseguiu eleger todos os governadores, menos em Sergipe, cujo candidato  José Carlos Teixeira (PMDB) foi derrotado nas urnas. Fui seu adversário, sendo eleito com mais de 52 mil votos de frente.

Apoiado pela coligação  PFL, PSB, PL, PCB e PCdoB, tive 53% dos votos válidos e José Carlos 43%. A nível de Estado, tínhamos uma aliança muito popular, com João Alves (PFL), governador,  e Jackson Barreto (PSB), prefeito da Capital, ambos no auge do prestígio político. Eu era um candidato a governador jovem (43 anos de idade), sem máculas, com uma participação intensa no legislativo e na administração pública (prefeito de Simão Dias, deputado estadual por duas legislaturas, presidente da Alese, Secretário de Estado da Educação e Cultura e deputado federal), transmitindo nos discursos de campanha o compromisso da continuidade de um governo realizador, e trazendo uma proposta diferenciada de desenvolvimento com justiça social. 

O PLANO ENQUANTO DUROU FOI BOM, APÓS, A INFLAÇÃO DO FIM DO MUNDO E O GOVERNO COLLOR

Somando-se a tudo isso, ainda tínhamos a simpatia do presidente da República José Sarney, cuja popularidade chegara às alturas com a execução do Plano Cruzado que, até então, estava dando certo.

Eu tive participação muito ativa, junto com Sarney,  para a formação de um agrupamento político que foi denominado Frente Liberal, embrião do PFL, visando a eleição de Tancredo Neves para presidente, ainda no processo de eleições indiretas, pelo Colégio Eleitoral, como estratégia para vencer o regime militar dentro do sistema que ele próprio criara.

Após aquela eleição indireta, e que seria a última, o compromisso de todos os que compunham o Movimento da Frente Liberal, seria a  instauração do sistema democrático com eleições diretas para todos os cargos, e a elaboração de uma nova Constituição, pela transformação do futuro Congresso Nacional em Poder Constituinte.   

A Equipe econômica de Sarney deu a ideia do lançamento do Plano Cruzado como solução salvadora para derrubar o processo inflacionário que recrudescia a cada dia, quando medidas drásticas foram anunciadas, a saber:  congelamento de preços e a substituição da moeda corrente do país, do cruzeiro para o cruzado (daí o nome do plano).

Todavia, de nada adiantaram essas medidas para frear a inflação que parecia indomável. O plano virou água. E o presidente Sarney, que se tornara, como disse acima, uma figura popular, no entanto – depois que eclodiu de forma violenta o monstro da inflação, acabando a boa perfomance do Plano Cruzado -,  passou a ser estigmatizado, xingado e ridicularizado pela população.

Fases de insatisfação quase sempre redundam no surgimento de milagreiros, o povo se apegando a qualquer um que saiba manipular os sofrimentos e as frustrações.

Foi daí que veio depois o famoso caçador dos marajás, Fernando Collor, escolhido pelo povo como o Salvador da Pátria, um novo Messias vindo das Alagoas, que nos livraria da inflação e varreria toda a corrupção que imperava no País.

Aquele  jovem candidato, dono de um discurso persuasivo e encantador, entraria no gosto do eleitorado e derrotou Lula no 2º turno, numa campanha sem fôlego, atraindo multidões de eleitores para o seu lado, Ao assumir as rédeas do governo com Zélia no comando da Economia, Collor nos levaria à retenção da caderneta de poupança, e a uma grave crise institucional, abatido que fora por um impeachment – como resposta à frustração que voltou a reinar nas mentes  e nos corações desse Brasil verde e amarelo. O seu governo caiu em meio a um lamaçal de escândalos. 

Voltando ao governo Sarney, a inflação foi subindo até chegar ao seu ponto máximo em março de 1990, a uma  taxa incrível de 84,3% ao mês. 

Não fosse o gatilho salarial que implantei, garantindo uma reposição da remuneração dos servidores toda vez que a inflação atingia 20%, o Estado teria que hibernar em greves permanentes pela diluição dos ganhos daqueles que movimentavam a máquina estatal, os funcionários públicos.

O GATILHO SALARIAL, PARA COMPENSAR AS PERDAS COM A INFLAÇÃO GALOPANTE

Para não perder com a inflação galopante e ter algum saldo para assegurar pelo menos o pagamento da folha sem atrasos, todos os recursos do Estado, obrigatoriamente, tinham que estar no overnight, uma modalidade de aplicação financeira que garantia uma renda fixa todos os dias. Se não tomássemos essa providência, a arrecadação praticamente zerava ao fim do mês. 

Hoje em dia, quando a inflação nem chega à casa dos 5% ao ano, em comparação com aquele período em que governei, tendo que enfrentar uma taxa inflacionária superando o patamar de  80% ao mês, assistimos  hoje governadores ameaçando decretar estado de calamidade financeira. Não passam de uns meninos mimados, chorando e gritando , de pires na mão, atrás de ajuda de Bolsonaro, para resolver a crise que eles próprios criaram.   

Com a implantação de projetos de irrigação nos anos de 1980, como o Califórnia, e os das adutoras, (projeto Chapéu de Couro, 1° governo João Alves), a situação começou a melhorar.

Todos esses projetos tiveram continuidade no período em que governei o Estado (87-91), fazendo a sua implantação definitiva com o assentamento de produtores, fornecendo apoio financeiro e assistência técnica. 

ACV

Continuação no próximo capítulo. 

 

 

VUCO VUCO – A POLÍTICA COMENDO POR BAIXO COMO FOGO DE MONTURO

 

QUEDA DO PIB, RECEITAS, IMPOSTOS E PREVIDÊNCIA

➽ O Secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, informa que a curva descendente do PIB terá como consequência a queda da arrecadação. Para compensar a redução da receita da ordem de R$ 2 bilhões mensais, o governo já se prepara para aumentar impostos.

➽ O saque do FGTS, total ou parcial,  que o Ministro da Economia Paulo Guedes chegou  a acenar para incentivar o consumo, apenas será liberado depois da reforma da Previdência, como uma forma de o governo pressionar os deputados.

ATIVISMO JUDICIAL E A GRITA DOS POLÍTICOS, INCLUSIVE DE BOLSONARO:  O STF TOMA NOSSO LUGAR!

➽ Os políticos sempre reclamam do ativismo judicial quando o Supremo toma decisões que invadem a competência do Legislativo. Acontece que no passado o STF, ao verificar a omissão reiterada do Congresso Nacional em torno de questões polêmicas, mandava um comunicado fazendo a devida advertência.

➽ Foi o caso, por exemplo das greves: as mesmas regras do trabalhadores do setor privado, pela jurisprudência do STF, passaram a ser adotadas de igual modo para os funcionários públicos porque a Câmara colocava na gaveta todos os projetos que tratavam do assunto,  apesar dos avisos do Poder Judiciário.

➽ Agora quando o STF está definindo como crime de racismo a prática da homofobia vem o presidente reclamar. Bolsonaro acusou a Corte de legislar no lugar do Congresso. Segundo ele, o Judiciário teria que esperar pelo Congresso. Mas como presidente, se o Sr mesmo passou 28 anos na Câmara e não moveu uma palha sequer para regulamentar o assunto?

➽ Revoltado com a Suprema Corte por causa daquela decisão sobre homofobia, depois de flertar com o presidente Toffoli na questão do Pacto dos Três Poderes, não deixando nem  essa questão amadurecer, Bolsonaro de imediato parte para o confronto, e promete nomear um ministro evangélico conservador para peitar  e tentar enquadrar a maioria de católicos que compõe a Casa. Sr presidente, o STF é laico, interpreta a Constituição e as leis do nosso País, e não decide pelas regras ou doutrinas das religiões.

ESTADOS E MUNICÍPIOS FARÃO AS SUAS PRÓPRIAS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA

➽ Requerimento com 191 assinaturas foi apresentado na CCJ da Câmara dos Deputados para que os Estados e Municípios façam as suas próprias reformas da Previdência e não tomem carona na reforma que tramita no Congresso. Governadores, deputados estaduais e vereadores terão que enfrentar movimentos da classe dos servidores públicos durante a tramitação das matérias sobre Previdência nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. É aí onde a porca torce o rabo …

EM SERGIPE D’DEL REI, ORDENS SÃO ORDENS

➽ Se depender da ordem do governador Belivaldo, que veta qualquer acordo do PT com o PSB (que ele tem como “inimigo” do governo), o partido de Lula vai marchar sozinho nas eleições municipais de Aracaju, ou terá que manter a vontade da candidatura própria, arranjando  outras siglas com as quais possa se coligar na majoritária, e com o aprove-se do governador. Ou vai assim, ou perde todos os cargos na administração estadual. É aí onde a porca torce o rabo …

ATRASO NAS OBRAS DO MERCADO EM SIMÃO DIAS

        Na foto com o líder político Cristiano  

 

➽ Como costumo fazer semanalmente, neste sábado passei no Mercado Municipal de Simão Dias para fazer a minha feira e ouvi muitas reclamações de feirantes e de marchantes sobre a situação de abandono a que foram jogados. Disse a eles que a verba para a reforma e ampliação do Mercado, no montante de cerca de R$ 1 milhão e meio, já se encontra em poder da Prefeitura. As obras foram iniciadas e depois paralisadas por desídia da empresa ganhadora da licitação. Mas isso já tem perto de um ano, sem solução por parte do município. Segundo informa o prefeito Marival nova licitação já foi providenciada. 

ADVERSÁRIOS DE BELIVALDO EM CÉU DE BRIGADEIRO

➽ Em Simão Dias, adversários do governo, ligados ao PSB, estão sendo abordados, ou pelo próprio governador Belivaldo, ou por seus intermediários, ofertando-lhes cargos em comissão desde que mudem de lado.

➽ A última oferta foi a de um cargo de diretor do IPES, com uma polpuda remuneração. Ao intermediário, o abordado recusou a oferta com a observação de que preferia ficar sem o bafejo do governo  pra não ganhar a pecha de traidor.

➽ Como se vê, o governo de Sergipe só está em crise no discurso para evitar pressões de aliados com aquela chatice de pedir emprego. Para os “inimigos” do PSB,  na tentativa de esvaziar os socialistas e ganhar novas adesões, o governo esbanja poder, usa a máquina. O céu é o limite na oferta de CCs.

MAIS ARROCHO EM CIMA DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

➽ Vem mais arrocho nos Estados cujos gastos com pessoal estão acima do limite prudencial da LRF (como é o caso de SERGIPE).

➽ Os governadores, querendo aliviar o tranco das despesas, foram ao STF pedir o julgamento da ADI 2.238 que permite a redução da jornada de trabalho dos servidores públicos com o correspondente corte nos vencimentos.

➽ O STF pautou para o próximo dia 6 de junho o julgamento da mencionada ADI. Os servidores públicos que amargam a perda do valor de seus salários, sem aumento há vários anos, e ainda recebendo com atraso, que se previnam para o baque. 

➽A partir dessa decisão do STF, se acontecer como querem os  governadores – como uma das saídas para a crise financeira que atravessam seus Estados -, funcionários públicos estarão sendo escolhidos mais uma vez como alvos para pagar a conta da incompetência governamental.

                             ACV

RETALHOS DA POLÍTICA – EM 2018, PERDI NO VOTO E ACERTEI NOS PRINCÍPIOS

AS ELEIÇÕES PASSAM, OS PRINCÍPIOS NUNCA MORREM

ELEIÇÕES 2O18

 

Em discurso pronunciado no Senado no dia 21 de novembro de 2017, faltando quase 1 ano para as eleições, enfatizei a decepção dos eleitores contra os políticos, que poderiam ocasionar mudanças substanciais nas estruturas de poder no Brasil. Leia o que disse na tribuna do Senado fazendo uma análise antecipada das eleições. Os princípios que sempre defendi contra a corrupção, a compra de votos, o populismo, a demagogia, a morosidade da Justiça, o descaso na segurança, na educação e na saúde, comprovam que estão mais vivos do que nunca na consciência popular. Erros e acertos na democracia existem para torná-la mais forte, e para nunca perder a sua chama libertária. 

Winston Churchill na Câmara dos Comuns, em 11 de novembro de 1947: “A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história.”

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, 

No próximo ano o Brasil estará realizando mais uma eleição. Em 2018, estaremos elegendo um novo Presidente da República, novos governadores, Deputados Federais, estaduais e Senadores. Eu poderia perguntar, como muitos que estão me ouvindo, quem vencerá as eleições de 2018. Será a mentira? O populismo? A demagogia? O poder econômico? A experiência? A modernidade? O novo? O centro? A direita ou a esquerda?
 
O povo sofrido do Brasil, em meio a tantas dúvidas e decepções, será mais uma vez o juiz para decidir, com o seu voto, os destinos da Nação. 
 
Há uma crise no Brasil de descrédito quase que generalizado quanto à atuação de nossos agentes públicos, de nossos políticos, da nossa classe política.
 
Parece que a população já tomou consciência de que campanhas políticas, de onde nascem as promessas, e a realidade depois da posse são coisas muito diferentes.
 
Esse descrédito é tão elevado, tão acentuado, Sr. Presidente, que as pesquisas às quais eu tive acesso, algumas delas publicadas, mostram de forma muito clara que o eleitor brasileiro está descrente: mais de 60%, chegando a até 70% dos que são pesquisados, dizem que não querem votar e simplesmente não respondem à pergunta sobre o candidato ali posto na pesquisa.
 

SERÁ MELHOR, MANTER O COMPROMISSO OU PERDER A CERIMÔNIA, PEDINDO QUE  ESQUEÇAM O QUE DISSE?

 
Condutas e ações, infelizmente, na prática se invertem. É como se fosse natural fazer um discurso floreado na campanha e, após o pleito, um outro discurso, amargo, carregado de espinhos.
 
As intenções se ocultam na campanha, e os postulantes a cargos eletivos usam uma linguagem enigmática, o mais das vezes recheada com pitadas de emoção e de engodo, pouco assimilável pelo eleitor, já se preparando o candidato, manhosamente, para desdizer o que disse durante o pleito eleitoral.
 
Que tristeza! Mesmo antes da posse o candidato vitorioso dá os primeiros sinais de que não vai mais cumprir e rompe, sem a menor cerimônia, os compromissos assumidos. Ele tem a esperança de que, lá na frente, vai contornar tudo com cargos e vantagens para atrair lideranças da oposição no Legislativo, cuja maioria acha que não sobrevive sem marchar com o governo, e obras nos bairros para alegrar os seus habitantes, como também nas cidades que eles representam. 
 
Já os eleitores, coitados, que votaram acreditando nas promessas, sentem-se como se tivessem sido vítimas de uma fraude eleitoral ou de uma tramoia política para conquistar os seus votos.
 
Tenho batido nessa tecla, Sr. Presidente, porque considero que esse modelo enganador – que se apoia na mentira, na compra dissimulada ou mesmo escancarada de votos, e no ataque sem tréguas ao adversário que pode lhe tirar a eleição – representa a negação da política, uma contrafação da democracia, um golpe covarde e oportunista contra um eleitorado que, em sua maioria, vota de boa-fé, acreditando naquela plataforma que afinal se revelou uma rotunda falsidade.
 
Em outros tempos era mais fácil enganar os eleitores. Hoje em dia fica mais difícil, ou praticamente impossível, lograr êxito com a mentira. Mas será que isso é verdade? Seja pela informação política instantânea nas redes sociais, seja pelo acompanhamento permanente das ações da gestão, seja pela transparência que passou a ser lei, facilitando ao grande público a crítica e a cobrança, realmente ficou um tanto mais difícil.
 
Sem falar que a imprensa está mais vigilante, inserindo-se como protagonista de uma era que exige firmeza e coragem, reforçando o jornalismo investigativo, deixando, quase sempre, gestores públicos em situação de permanente alerta e precaução.
 
Desse modo, a democracia se torna mais viva e atuante, fortalecendo o elo entre governantes e governados. É bom acentuar que não vivemos num mundo de santos, notadamente no mundo da disputa política, que se manifesta de várias formas: no pecado, na inconsequência, na coragem, no ideal ou na pureza.
 

A MENTIRA E O DINHEIRO VENCERÃO?

Além da demagogia e do populismo, ressurge, driblando e desafiando a Justiça Eleitoral, a influência do poder econômico nas eleições.
 
Apesar da proibição do uso de dinheiro privado, será o caixa dois, mais uma vez, protagonista da fraude oculta em benefício dos candidatos mais ricos. Aí está uma legislação permissiva, que não estabeleceu limites de gastos para os candidatos milionários.
 
Quem não sabe da influência nefasta dos endinheirados, que já são considerados eleitos por antecipação, em virtude de oferta de dinheiro por fora que corre à solta no interior e até mesmo na capital? Boa parte dos mandatos será comprada infelizmente e veremos algumas poucas investigações que irão a fundo e chegarão a bom termo.

O POVO RECLAMA DA VIOLÊNCIA, DO TOMA-LÁ-DÁ-CÁ, DA MOROSIDADE DA JUSTIÇA,  DA  CORRUPÇÃO E DOS IMPOSTOS, ETC

Mudando de assunto, devo assinalar que o fracasso da gestão administrativa que quase se vulgarizou em todos os rincões do Brasil deve-se, em grande parte, a defeitos que se eternizam na estrutura do aparelho de Estado.
 
Seria preciso uma reforma introduzindo novos eixos que assegurem o cumprimento das funções essenciais do Estado, como a aplicação de políticas públicas de segurança, saúde e educação e a construção de redes de proteção social em caráter permanente, com o objetivo de reduzir as desigualdades entre pessoas e as disparidades entre regiões e Estados federados.
 
As garantias dos meios de sobrevivência da população não se traduzem apenas na preocupação com índices de emprego. A ocupação de vagas no mercado de trabalho deve ser uma luta constante de governos e da sociedade civil, mas não se resume a isso.

Há diversos fatores que contribuem para a desconfiança em relação a governos e instituições. Aponto alguns destes: a violência reinante em nosso País e a superlotação nas prisões, que traduzem a fragilidade das políticas de segurança e do sistema prisional; a falta de compreensão das autoridades no combate às drogas, ao não assumirem, em relação ao usuário, uma atitude consciente de tratá-lo como um doente, facilitando-lhe o acesso ao sistema de saúde; a enxurrada de partidos políticos sobrevivendo às custas do fundo partidário, abastecido com dinheiro do contribuinte, e participando do toma lá dá cá com o governo; o acúmulo de processos e a morosidade da Justiça; a corrupção que se tornou endêmica, aumentando o descrédito da classe política; a concentração da maior parte da arrecadação nas mãos da União, em detrimento dos Estados e Municípios, que atingiram o patamar perigoso de quase absoluta insolvência, exigindo uma reforma tributária para redução da carga e para dividir com equidade os impostos pagos pelo povo brasileiro.

O QUE VAI PESAR NA ELEIÇÃO, O NOVO, A HONESTIDADE E A EXPERIÊNCIA,  OU TODOS ESSES FATORES JUNTOS?

Em 2018, o eleitor será influenciado, por certo, pela propaganda política. Todavia, o eleitor, levado por tantas tentativas frustradas de votos errados ou equivocados, poderá levar em conta dessa vez não apenas a garantia de sucesso administrativo a ser prometido nas campanhas eleitorais em todo o nosso País.

O eleitor, espero, vai pesar a experiência do candidato, a sua honestidade e a sua capacidade de inovação e criatividade. O eleitor está pensativo e desconfiado.
 
Aqueles que conseguirem transmitir uma mensagem de concretude que possa convencer almas e corações, para resolver as coisas aparentemente complexas como a segurança pública, saúde, educação e emprego, e souberem se colocar no lugar do povo, que sofre as consequências da corrupção, da irresponsabilidade e da má gestão, serão os escolhidos para o novo tempo que está por vir.
 
O povo sempre está atrás do novo, de um novo projeto, de um novo programa, mas não repudia os mais velhos que surjam com novas ideias para tirá-lo do sufoco e da decepção em que vive.
 
A longevidade bem-sucedida, que avança e acompanha a modernidade, é uma fonte segura de renovação de métodos e ações.
 
A renovação é um estado de espírito que é sempre bem-vindo ao aperfeiçoamento da democracia. E ela, a renovação, encontra-se numa sociedade sem preconceitos, na cabeça de pessoas de todas as idades e dos que lutam para melhorar a vida do povo.
 
ACV
 
 
 

PACTO DOS TRÊS PODERES, O BRASIL SAIRÁ DO SUFOCO?

Nem tudo está perdido como à primeira vista parecia indicar pelo comportamento imprevisível do presidente. 

Bolsonaro instado pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, resolveu reunir-se no Palácio da Alvorada com os chefes dos demais poderes, do Legislativo e do Judiciário.

Foi um gesto político que representa diálogo e preocupação com os destinos do nosso País, num momento em que, pela gravidade da situação econômico-financeira reinante, todos devem se unir na busca de saídas que nos tirem do sufoco.

O presidente do Supremo já tinha proposto há poucos meses esse entendimento com a participação de todos os poderes.

Muito embora à primeira vista a ideia possa ser encarada como boa, dadas as condições caóticas em que se encontra  o nosso País, temos que esperar mais um pouco, antes de uma apreciação definitiva. 

É de se constatar que se a crise existe, o maior responsável para resolvê-la é o Poder Executivo, apontando saídas ao Legislativo, o qual, dentro de sua competência constitucional de fazer leis, poderá, com boa vontade e espírito público, dar a sua quota de ajuda para destravar a economia, equilibrar as finanças e criar condições para a retomada do emprego.

Creio que esse pacto, com metas a serem cumpridas gradualmente, tem que andar sem os percalços que podem ser criados de um momento para o outro por uma tuitada impensada do presidente.

Se tem metas pela frente o Executivo tem que se resguardar um pouco para não aumentar as dificuldades. Nem o Legislativo, e muito menos o Judiciário, podem ser emparedados pelo presidente, como ele costuma fazer, quando se impacienta com a demora de soluções para atenuar a crise brasileira que vem de longe.

E ainda mais grave é o nosso cenário porque, pelo menos por enquanto, só a reforma da Previdência parece ser a única solução para a crise, um projeto da iniciativa do governo anterior que estava dormitando na Câmara e que o presidente Bolsonaro o incorporou às metas de seu governo como se fosse uma autêntica bala de prata.

Não se pode exigir o destrancamento de um País extremamente centralizador e patrimonialista como o nosso, que vem assim, marchando assim, desde a concepção desenvolvimentista criada por Getúlio, estruturado com base quase que exclusivamente em iniciativas promovidas pelo Estado. O modelo exauriu-se e há que se encontrar novos caminhos sem no entanto ter a pretensão de empurrar tudo pela força, mas com persuasão, diálogo e bons projetos. 

É possível que o presidente Bolsonaro tenha aceito essa união entre os poderes, uma ideia bem intencionada do presidente da Suprema Corte, por causa das dificuldades de relacionamento que ele próprio criou com o Legislativo, notadamente com a Câmara dos Deputados.

Caiu como um verdadeiro achado para o presidente da República  a proposta do Pacto entre os Poderes, porque o seu problema maior, que no momento  é a reforma da Previdência, sai do âmbito de sua responsabilidade para se agasalhar no colo do Legislativo. 

Quanto ao Judiciário, como diz a nossa Carta Magna, os poderes são harmônicos e independentes, nada podendo fazer na atual conjuntura além do que está ali escrito. Não tendo como penetrar na governabilidade só faz esperar pelas demandas que surgirem dos demais poderes, e da sociedade, criando jurisprudências  que conciliem os interesses das partes envolvidas. 

Todas as balizas do pacto entre os poderes já estão colocadas no âmbito de nossa Lei Maior. 

No entanto, vale a ideia do Pacto,  que partiu de um membro do STF, o seu presidente, como uma sinalização para o distencionamento das relações entre os poderes, que nos últimos tempos tem sido motivo de preocupação no meio político.

Essa preocupação nasce dos recados por vias diretas e indiretas que se espalham, por exemplo, nas redes sociais, estimulados na maioria das vezes pelo próprio presidente, explicitando  condutas e posicionamentos incompatíveis com a normalidade democrática.

ACV

 

 

 

 

BOLSONARO, AS VELHAS PRÁTICAS POLÍTICAS E O AVAL A TEMER

ATÉ AGORA SÓ DESCULPAS APONTANDO CULPADOS

O presidente Bolsonaro teima em demonstrar a sua face ranzinza de preferir o confronto ao diálogo, no trato com o Congresso.

Em cinco meses de governo nenhuma novidade, a não ser o tempestuoso decreto das armas, assim mesmo refeito pela ocorrência de inconstitucionalidades flagrantes, o que prova uma falta de cuidado ao legislar sobre temas polêmicos. 

Ao invés de radicalizar como vem fazendo a cada dia, deveria descer do palanque e usar o diálogo como arma, e a articulação política para se impor perante o Congresso.

Não conseguindo transpor a barreira do desemprego que voltou a subir no seu governo, sem um plano definido para tirar o Brasil da recessão, escolhe como tática de fuga, o confronto das ruas e das redes sociais na tentativa de colocar toda a culpa de sua inapetência para governar no colo do Congresso Nacional.

Procurando aparecer como um Messias, ou como um Salvador da Pátria, com o poder subindo-lhe à cabeça e achando que pode resolver tudo sozinho, a olhos vistos, despreza o Congresso e insinua que os seus projetos são barrados, ou sofrem obstáculos em sua tramitação, porque se recusa atender às velhas práticas políticas.

SERIA UMA AMEAÇA ÀS REGRAS CONSTITUCIONAIS? 

Mas afinal, o que quer dizer o presidente com a expressão velhas práticas políticas e quais as consequências se a sua latente indisposição com o Congresso continuar?

Bolsonaro passou 28 anos na Câmara dos Deputados. Mesmo com uma atuação apagada, fazendo parte do chamado baixo clero, não é possível que não tenha aprendido a prática salutar e construtiva da  convivência política.

Está na cara que o presidente cria  um discurso de ódio contra os políticos, ao espalhar aos quatro ventos que, por causa das velhas práticas do meio a que pertenceu, não consegue governar como prometera na campanha.

Noto que sua desconsideração ao Poder Legislativo dá claros sinais de que gostaria de governar fora das regras constitucionais, como um dia sonhou Jânio Quadros, que acabou renunciando, pensando em voltar nos braços do povo. Logo depois sobreveio o golpe de 64, com a derrubada de João Goulart – ainda como efeito colateral do desprezo de Jânio pelo Congresso. 

É essa a tradução e a intenção do comportamento conflituoso do presidente: ao olhar-se no espelho vê que não é capaz de cumprir as suas promessas de campanha e aponta a carabina de seu twitter para terceiros,  na suposição de que vai se livrar da responsabilidade que lhe pesa sobre os ombros.

REPÚDIO AO TROCA-TROCA E O AVAL A TEMER

Entendo que não se deve retornar ao troca-troca. Nisso dou inteira razão ao presidente.

Seria uma desfaçatez proceder como Temer, o qual, para aprovar os seus projetos e arquivar as denúncias contra ele na Câmara dos Deputados, serviu-se do poder da caneta presidencial para fazer nomeações na Esplanada dos Ministérios e nos Estados, apenas atendendo a critérios de ordem política.

É aí onde está o grande equívoco do discurso populista do presidente Bolsonaro.

É sabido que nos Estados Bolsonaro deixou nos cargos federais todos os indicados pelo esquema de seu antecessor, o presidente Temer. 

Ou seja, o discurso do presidente perde todo o sentido, sua coerência e cai no ridículo, quando insiste em manter nos Estados a turma do Temer nos cargos  federais e, por incrível que pareça, mandando recados às lideranças partidárias que não muda porque combate as velhas práticas…

É uma demonstração mais do que evidente do divórcio de Bolsonaro com a realidade política nos Estados, ao avalizar, querendo ou não, com a omissão de sua caneta, o troca-troca do Congresso no governo Temer, fato que gerou grande parte da insatisfação popular que o conduziu ao governo. 

ACV

RETALHOS DA POLÍTICA -NOS TEMPOS DA SUCESSÃO

NA ESCOLHA DO VICE, UM ABAIXO ASSINADO

A escolha do nome do Vice-governador de João Alves teve lances inusitados que merecem ser contados. Não se trata de aproveitar essas mal traçadas linhas para reclamar ou fazer queixas porque simplesmente, em dado momento, meu nome já não fora aproveitado para governador, e, para Vice, passei a ser uma hipótese longínqua. 

Ou seja, rifado para ser candidato a governador, cheguei a perder todas as chances de ganhar uma Vice. Por fatos aleatórios à minha vontade, acabei sendo colocado de novo   no tabuleiro da sucessão quando já me consideravam totalmente fora do processo. 

É o que vou contar a seguir. 

Depois do anúncio de João Alves como candidato à sucessão de Augusto Franco, e de Albano Franco para o Senado da República, teve prosseguimento o trabalho de bastidores no qual participava ativamente, dentro de um seleto grupo de políticos, o general Djenal Queiroz, Vice-governador de Augusto Franco. 

Dentro de pouco tempo, com o afastamento de  doutor Augusto do Governo para disputar uma vaga de deputado federal, ele seria guindado ao comando do Estado. Djenal Queiroz, militar da reserva do exército brasileiro,  era um prócer do antigo PSD, que fora presidente da Assembléia Legislativa, e um deputado de muito respeito. 

Juntos fomos deputados estaduais, e nos entendíamos maravilhosamente. Inclusive, recordo que, como o Regimento da Assembléia estava bastante defasado, fui escalado pelo presidente Djenal para elaborar um projeto de resolução e atualizá-lo.

Frequentemente, discutíamos as mudanças que tinham que  ser feitas nas regras daquele diploma legal que ditava o funcionamento da Casa.  Djenal, por ser o mais idoso e o mais experiente, era ouvido e acatado por todos. Exercera a função de líder do governo José Rollemberg Leite, sucedendo-me quando fui eleito no seu lugar para a presidência do Poder Legislativo.

O general tinha o Regimento Interno da Casa gravado em sua memória. Discutia no plenário com a oposição e levava quase sempre vantagem na derrubada de requerimentos incômodos contra o governo, convencendo à Mesa sobre as ilegalidades cometidas por seus autores.

Mas, tanto nas discussões de cúpula para a indicação do sucessor de Augusto Franco, como por ocasião da escolha do Vice de João Alves, Djenal opinava em particular em meu desfavor, sem nunca, porém, expor-se publicamente. No entanto, passado aquele tempo  de distanciamento, voltamos à velha amizade, sem quaisquer resquícios de mágoa. 

Logo  depois da decisão de cúpula que favoreceu a João Alves, tomei conhecimento de que uma lista de apoio estava percorrendo todo o Estado, para que lideranças do interior confirmassem aquela escolha, assinando o documento.  Levava a referida lista para a coleta das assinaturas  um amigo pessoal do doutor Augusto, Elber Ribeiro, que fora presidente da Assembléia Legislativa. 

 NA LISTA, GOVERNADOR SEM VICE

A mencionada lista trazia o nome completo do candidato a governador, contudo, curiosamente, omitia o nome daquele que seria o Vice de João Alves. Foi então que a famosa lista,  uma espécie de abaixo assinado, que já dispunha de algumas assinaturas de apoiamento, empacou na cidade de Itabaiana nas mãos do deputado estadual Francisco Teles de Mendonça,  conhecido pela alcunha de Chico de Miguel, a maior força eleitoral de todo o interior de Sergipe.  Eu havia sido o seu candidato a deputado federal nas eleições de 1978.

Abro um parêntese, antes de continuar este meu relato. Nesse intermédio, registro que concedi uma entrevista muito forte ao jornalista Diógenes Brayner que teve muita repercussão em todo o Estado, na qual fiz questão de demonstrar claramente o meu inconformismo da forma como estava sendo encaminhado o processo sucessório. Até então não havia  participado de nenhuma reunião para discutir o tema da sucessão,  cujo desfecho, eu tinha plena consciência  de que iria repercutir na minha carreira política, e na de tantos amigos que nos acompanhavam. Na hora da entrevista eu ainda nem sabia sobre o que estava acontecendo em Itabaiana. 

A REAÇÃO DE CHICO DE MIGUEL, LÍDER POLÍTICO DE ITABAIANA

Informaram a Chico de Miguel que o nome do Vice, até então oculto, seria o do deputado estadual Hélio Dantas, aliado de primeira hora do movimento em prol da candidatura de João Alves, filho do combativo e temido jornalista  Orlando Dantas, o qual, divulgara em seu jornal ataques tremendos contra Chico de Miguel.

O deputado itabaianense, ciente de sua força,  estava irredutível, e achava que era o momento de dar o troco. Então, Elber Ribeiro,  perguntou-lhe o porquê de não assinar a lista do governo, e Chico de Miguel não bateu fofo. Disse-lhe que o Palácio estava-lhe preparando uma armação para a indicação do Vice-governador, que recairia na pessoa de Hélio Dantas, filho de Orlando Dantas, o qual  se tornara seu inimigo público número um, na cidade de Aracaju.  E, em cima da bucha, falou-lhe:  “Eu tinha certeza que o nome do Vice seria o de Valadares, por que não botar aqui nesta lista o nome dele?”.  Elber Ribeiro pediu-lhe então pra ligar para o governador, já que ele não dispunha dessa autorização. 

Ao passar-lhe o telefone, o governador Augusto Franco,  ouviu de Chico que só colocava sua assinatura no abaixo assinado,  apoiando João Alves, se o Vice fosse o deputado federal Antonio Carlos Valadares. 

Chateado com os rumos da sucessão, ameaçou apoiar uma chapa alternativa com Valadares na cabeça da chapa majoritária. Mesmo arriscando tudo, estava decidido a se rebelar e enfrentar o governo. Para tanto, disse que contaria com o apoio de diversas lideranças, a exemplo de Ribeirinho de Lagarto, os irmãos Rollemberg (deputado federal Francisco e ex-prefeito Heráclito Rollemberg), e de outros líderes municipais que obedeciam à sua voz de comando.

Podia ser um blefe ou uma bravata  mas o fato é que os homens da cúpula do governo preferiram não testar.

Após Chico extravasar suas queixas contra o governo, que, em algumas vezes,  não atendera pleitos que fizera em benefício de municípios sob sua influência,  houve uma pausa para consultas. Elber ficou à espera de uma solução, sentado, na casa de Chico de Miguel. 

Veio a resposta de que na lista de apoio Elber Ribeiro podia colocar o nome de Antonio Carlos Valadares como Vice de João Alves.

Contudo, quando se esperava que as coisas estavam resolvidas, Chico, antes de assinar, exigiu que todos aqueles pedidos feitos por ele, e negados por doutor Augusto,  fossem imediatamente autorizados. Os pedidos diziam respeito a espaços de poder nos municípios que o Estado deixara, com o consentimento do governador, nas mãos de adversários políticos de Chico de Miguel.  Foi-lhe então dito que tudo seria resolvido. Como nunca ouvi de Chico qualquer reclamação a respeito, tenho como certo de que todas as suas pendências perante o governo foram rigorosamente atendidas …

Chico de Miguel tinha um prestígio eleitoral inegável. Por isso, era temido por aqueles que detinham o poder em Sergipe. 

O VICE APARECE NA ATA, SEM TER COMPARECIDO

Comecei a entender que a minha teimosia em manter a candidatura de José Valadares para Deputado Estadual, cuja retirada me havia sido sugerida pelo governador, estava criando obstáculos a composições políticas. Doutor Augusto, com certeza,  teria feito alguns compromissos contando com os votos de Simão Dias e dos municípios que acompanhariam Zé Valadares. Por isso que, insistiu o quanto pôde, e eu resolvi não atendê-lo. Aquilo deve ter resultado numa ponta de mágoa. 

Mas eu não podia recuar, uma vez que José Valadares fora muito correto comigo no início da minha carreira, quando, ao me afastar da Prefeitura de Simão Dias para ser candidato a Deputado Estadual, ele que era Deputado, renunciou o seu retorno natural à Assembléia Legislativa para me apoiar.

Mesmo sob o risco de ser prejudicado eu não faria isso com quem tanto me ajudara. O meu dever de gratidão falava mais alto. Mesmo sob o risco de contrariar o governador insisti na sua candidatura.

Quando soube das tratativas que resultaram na inclusão de meu nome compondo a chapa de João Alves da forma inusitada e antiquada como tudo acontecera, sem nenhum convite formal,  seja da parte de doutor Augusto Franco, ou do candidato a governador João Alves Filho, no dia da convenção não compareci à homologação da chapa majoritária. “Desapareci” de Aracaju. Ninguém conseguia falar comigo. Os telefones tocavam insistentemente em minha casa. A ordem era para informar que eu tinha viajado. Dormir até o dia seguinte. Quando acordei, soube que o meu nome constava na chapa majoritária do partido, na condição de Vice-governador. 

PARA ALMA CHAMUSCADA –  CALMA, PACIÊNCIA  E HUMILDADE 

Confesso que sai daquela fase de minha carreira política com a alma chamuscada pela voracidade dos acontecimentos que me pegaram de surpresa, e sobre os quais não tive força para controlá-los. Felizmente tive calma, humildade e paciência para entender tudo aquilo, e navegar sem mágoas. Não fosse assim, por certo, teria um destino diferente daquele que consegui alcançar nas minhas lutas políticas. 

Pela experiência que vivi naqueles lances que fazem parte de nossa história política,  terminei aprendendo a singrar por mares tempestuosos que eu julgava não  pudesse navegar. 

Vencendo a intolerância e os ataques injustos que foram desferidos contra mim toda vez que o meu nome surgia na disputa democrática das eleições,  guardo do povo eterna  gratidão, e também de quantos, me ajudaram –  ao filho de um  plantador de algodão, nascido num povoado de Simão Dias -, a chegar a cargos tão importantes do estrelato da política sem jamais chamuscar a minha honra e a sagrada bandeira do meu Sergipe.

Navegar é preciso, mas,  “faça como um velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar”. Argumento, de Paulinho da Viola. 

ACV

Síntese do resultado das eleições de 1982:

  • 1º colocado para governador: João Alves Filho (PDS) – 256.385 votos (76,12%)
  • 2º colocado para governador : Gilvan Rocha  (PMDB) – 77.420 votos (23,15%)
  • 1º colocado para senador : Albano Franco (PDS) – 247.255 votos  (76,18%)
  • 2º colocado para senador : Evaldo Campos (PMDB) – 74.874 votos(23,07%)

           Deputados federais eleitos pelo PDS   (governo): 

  • Augusto Franco – 102.006 votos
  • Francisco Rollemberg – 46.128 votos
  • Hélio Dantas – 28.142 votos
  • Gilton Garcia – 27.5550 votos
  • Celso de Carvalho – 22.841 votos
  • Adroaldo Campos – 11.745 votos

          Deputados Federais eleitos pelo PMDB (oposição):

  • José Carlos Teixeira – 30.968 votos
  • Jackson Barreto – 19.992 votos

IMPACIÊNCIA NO PLANALTO, TENSÃO NA ECONOMIA

 

“Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”.  Santo Agostinho

 
Não é preciso ser doutor em economia para entender as oscilações do mercado com o vai e vem da política. É sabido que as relações do presidente com o Congresso não são as melhores e isso tem criado tensões entre investidores que preferem, por enquanto, uma certa distância do Brasil. 

 

O receio de uma explosão negativa de nossa economia cria desestímulo a quem começou a acreditar no Brasil e está agora quase desistindo. A nossa indústria parada, o desemprego é alarmante. A atmosfera é asfixiante. Os investidores ficam nervosos, ou permanecem de braços cruzados, especulando no mercado financeiro, ou resolvem procurar outros países com mais segurança política e estabilidade econômica. 

Falas acima do tom geram a incerteza  e o temor de que o Brasil não vai bem. 

Com o dólar na casa dos R$ 4,10 e as sombrias perspectivas de um crescimento pífio do nosso PIB, da ordem de 1,24%, desencorajam a qualquer um, mesmo aos neófitos em economia.

Todavia, se em Brasília houvesse menos turbulência política, com certeza que o cenário seria muito mais favorável para quem observa o potencial de riqueza do nosso País e o tamanho de nossa população de mais de 200 milhões de habitantes, que gera um mercado consumidor invejável, como poucos, em todo o mundo. 

No início da semana a temperatura em Brasília estava fervendo por conta das declarações estapafúrdias do presidente menosprezando a atividade política, colocando-a quase como uma atividade pecaminosa, que, por defeitos fisiológicos apontados por ele, estariam interferindo na governabilidade. O próprio presidente começou a pregar movimentos de protestos contra o Congresso na tentativa de destravar a pauta e fazer andar os seus projetos. 

QUANDO SE ARTICULA ACONTECE

Bastou um pouco de articulação política e os projetos começaram a tramitar normalmente. A reforma da Previdência, que é tida pelo governo como tábua de salvação para resolver seus tormentosos problemas de caixa,  já tem data marcada para ser votada nas comissões e no plenário da Câmara. 

A classe empresarial brasileira, mesmo com as dificuldades típicas de um período desfavorável, que a obrigam a conter a expansão de seus negócios, limitando a oferta de empregos, espera que a confusão política no Distrito Federal, causada acima de tudo pela inabilidade do presidente que, apesar de sua longevidade parlamentar de 28 anos como deputado federal, parece que pouco ou quase nada aprendeu para se articular melhor com a classe política que ele abomina em suas tuitadas e tiradas populistas.

Em outros tempos de convulsão institucional e de nuvens pesadas que viveu o Brasil, com Jânio Quadros, Fernando Collor e Dilma Roussef, a sociedade pagou, e ainda faz a conta de suas perdas e danos, pela instabilidade que sobreveio em virtude das relações conflituosas com o Congresso. 

Não queremos o retorno a períodos de conflagração política que colocou em perigo a nossa democracia  e reduziu a nossa capacidade empreendedora de gerar empregos e superávites em nossa balança de comercial. 

A PACIÊNCIA É BOA CONSELHEIRA

O presidente e a sua equipe precisam botar a cabeça para pensar, calçar as sandálias da humildade e compensar ou  recuperar com paciência, trabalho e perseverança o tempo perdido.

Já se passaram quatro meses desde a posse de Bolsonaro sem nada de novo acontecer em seu governo.  Pede-se, em primeiro lugar, paciência ao presidente para saber agir melhor e destravar a nossa depauperada economia.

Como nos ensina Santo Agostinho, “não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”. 

 
 
 
 
 

 

VUCO VUCO – NOTÍCIAS DA REPÚBLICA BOLSOVARIANA E DE SERGIPE D’DEL REI

FUMAÇA DE MAU AGOURO

Quando os políticos se desinteressam do andamento das coisas do governo surge no ar uma fumaça de mau agouro. Não é bom sinal, e será bem  melhor para o País que o presidente comece a dialogar com o Congresso criando um clima de entendimento respeitoso. O governo do presidente Bolsonaro, se depender de articulação política no Congresso está no fim do poço.

DIVÓRCIO

Depois daquela postagem apócrifa atacando o corporativismo, impulsionada pelo próprio presidente, e atingindo por vias indiretas a todo o Congresso, deputados não estão nem aí para o governo. Frieza provoca divórcio.

CENTRÃO NO COMANDO

A pauta do governo está atrasada e nada se aprova na Câmara sem passar pelo crivo do Centrão, um bloco de 230 deputados que pode, querendo, infernizar a vida de Bolsonaro.

DITANDO A PAUTA

O grande comandante do Centrão é o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, que vem ditando a pauta de votação das matérias, sem dar a mínima para Bolsonaro. Mas, mantém ainda uma boa relação de amizade com o ministro da economia Paulo Guedes. 

NAS BARBAS DE BOLSONARO

Até a Reforma da Previdência, cujo projeto em tramitação é uma herança de Temer e que Bolsonaro apoia, está sendo retalhada ao meio. É a reforma da reforma que está sendo operada neste momento sob as barbas de Bolsonaro, que, pela desarticulação política de sua base, não apita em nada.

ASSIM NÃO HÁ CRISTÃO QUE DÊ JEITO

CCJ da Câmara dos Deputados tem na agenda para esta quarta-feira a votação da proposta de Reforma Tributária. Mais confusão à vista, por conta da inabilidade de Bolsonaro no trato com a classe política. Vai mandar pro Congresso outro projeto tratando do mesmo tema: a reforma tributária. Mais um confronto político desnecessário, mais um tiro no pé?

CRESCE DESEMPREGO EM SERGIPE

O desemprego no Brasil é uma verdadeira tragédia que se abateu sobre as famílias. Mas, proporcionalmente falando, a taxa de desemprego em Sergipe é maior do que a média nacional. Segundo o IBGE, no 1º trimestre de 2019, o desemprego cresceu 15,5% em Sergipe, superando a do país inteiro que é de 12,7%. O nosso Estado, entre os 27, está em 8º lugar em matéria de desemprego. Uma lástima. É uma pena que nem no Brasil nem em Sergipe tenha chegado alguém pra resolver.

NORDESTE RECEBERÁ VISITA

O presidente Jair Bolsonaro visitará o Nordeste na próxima sexta-feira . O presidente tem uma pauta cheia em encontro que vai acontecer em Recife com a presença de todos os governadores da Região. Nos últimos 3 meses o governo federal colocou na Região poucos recursos, quase 4% a menos do que no mesmo período do ano passado. Ele irá desembarcar em Pernambuco para sua primeira visita como presidente. 

Bolsonaro entregará um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida em Petrolina. Já em Recife, ele anunciará R$ 2,1 bilhões a mais de investimentos em infraestrutura para o Nordeste.

Bolsonaro promete descer do palanque e ajudar à Região cujos governadores foram eleitos sob a impulsão da onda petista.

A HABILIDADE DE LUCIANO BISPO

O deputado Luciano Bispo, presidente da Alese, tem sido o grande amortecedor para conter a frustração da base aliada do governo Belivaldo. 

Nessa fase de vacas magras, com muita habilidade, Luciano conduz a articulação política dentro da Casa para conter a insatisfação que queima por baixo como fogo de monturo.

A IRA E A BIRRA

O ex-prefeito de Poço Verde, Antonio  Dória, mais conhecido como Toinho (PSB), disse que foi abordado pelo governador Belivaldo quando de sua visita ao Caism (Centro de Atenção Integral à Mulher), onde trabalhava há 15 anos, o qual lhe perguntou se estava satisfeito no seu local de trabalho. Toinho caiu na besteira de dizer que estava.

Em poucos dias foi removido para a Vigilância Sanitária do Taj Mahal, obrigando-o a trabalhar num lugar para o qual ele não pediu.  Toinho, muito triste com essa postura de Belivaldo, julga-se perseguido por não ter votado com ele no pleito passado. “É preciso acabar o quanto antes com essa essa ira e essa birra, a eleição já passou”, pondera Toinho.