política

João Alves um grande líder político e um dinâmico tocador de obras

João Alves Filho, o trabalho foi a sua marca

O governador João Alves deixa um grande exemplo de coragem e determinação como político e administrador. Para ele, seus planos e projetos praticamente não tinham limites. Sonhava e pensava grande. Partia para executar sem retroagir do seu intento, por maiores que fossem as dificuldades, até que a obra fosse realizada. Em três mandatos de governador deixou a marca do seu dinamismo e dedicação, imprimindo um estilo próprio que dificilmente será igualado por outro governante.

Embora escolhido pelo governador José Rollemberg Leite para dirigir a prefeitura de Aracaju por sua condição de engenheiro, por ser um nome técnico, ainda sem o timbre da experiência política, ao galgar o posto de governador, no entanto,  já era considerado um homem talhado para ser gestor e exercer com maestria a arte da política.

Fui o seu vice-governador e pude ver de perto o quanto ele amava Sergipe. O que mais o inquietava era a pobreza do interior causada sobretudo pelas secas inclementes. Daí, acalentando o sonho de melhorar a vida do nosso povo, entregou-se de corpo e alma às ações direcionadas para a área de  irrigação, criando o famoso projeto que ele denominou de  “Chapéu  de Couro”,  fato que o identificou com o homem do sertão até os dias do seu desaparecimento e que vai perdurar por todo o sempre.

A figura de João Alves transmitia alegria, cordialidade e entusiasmo.

 

Nunca tentou um cargo eletivo no poder legislativo, deputado ou senador. Deixou que essa nobre missão fosse exercida por D Maria do Carmo. Duas pessoas e duas lideranças que se completavam no lar, no trabalho e na politica, interagindo ambos em plena harmonia, dando um exemplo de que uma boa convivência familiar pode resultar em conquistas notáveis para todo um povo.

Vivi ao seu lado momentos tensos e decisivos da política do Estado e da Nação. Fui governador por quatro anos, e a minha eleição ocorreu em virtude de sua coragem em ficar no governo e resolver apoiar-me. Eu tinha preparo, serviço prestado e o povo me conhecia, mas nunca deixei de ser-lhe grato publicamente pelo seu gesto para mudar a história da sucessão em 1986, dando um passo importante para renovar os quadros dirigentes de nossa terra. 

Quando o senador Lourival Baptista me procurou para dizer-me que o presidente Sarney precisava saber o que eu achava, como único governador eleito do PFL, de joão Alves ser escolhido para ministro do Interior, de pronto, fiz uma carta manifestando todo o meu entusiasmo e apoio por aquela ascensão de um sergipano ao Ministério  do governo federal. 

Mesmo  nas divergências que sobrevieram depois, sempre restou uma luz que nos unia e que reluzia no passado quando estivemos juntos e juntos fizemos muito por Sergipe.

João Alves Filho, “O Negão”, como também ele gostava de ser chamado, foi um grande político sergipano, popular, dinâmico, corajoso e idealista, cujo desaparecimento deixará muita saudade e excelentes lições. 

Que Deus, Criador e Construtor de todas as coisas do Universo, cuide da alma de João Alves, e que lhe dê a paz celestial na Casa do Senhor. 

ACV

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Da vitória de Cristiano, da cidade que virou capital e do povo que apagou o vagalume

 

                   

Simão Dias

Nesse período eleitoral, Sergipe inteiro voltou as suas vistas para uma cidade do agreste, acompanhando com inusitado interesse o que se passava na cidade de Simão Dias. Afinal, por obra e graça do governador Belivaldo, que é simãodiense, a capital do Estado, cuja sede está localizada em Aracaju,  foi mudada informalmente para essa bela cidade,  conhecida por “produzir milho e eleger governadores”, como costumava dizer um dos maiores filhos desta terra, o saudoso Marcelo Déda.

Sua excelência, o governador Belivaldo – que circulava na campanha montado numa luxuosa off road Polaris rzr,  prestou-se a auto apelidar-se de  “vagalume” – abandonou as tarefas normais de um governante que tem o dever de trabalhar para todos os municípios, tomou a decisão de utilizar-se de quase todo o aparato governamental, gastar todos os recursos disponíveis e a sua energia para mudar a vontade do eleitor num único lugar do Estado, na nossa querida Simão Dias.

 

BellyNave

Transmitindo em suas atitudes uma impáfia inconcebível, e destilando ódio em suas falas e lives semanais no instagram quando expressava, conforme percebiam as pessoas,  um sentimento inferior que não cabia na figura de um governador, pegou o pião na unha e se portou como se fosse ele próprio o candidato a prefeito.

Usou o poder da máquina administrativa como nunca aconteceu em qualquer outra campanha no município. Em cima da eleição inaugurou obras eleitoreiras, e assinou as famosas ordens de serviço,  eventos semelhantes àqueles, que, como todos se lembram, lhe causaram o dissabor da cassação de seu mandato de governador e a pena de inelegibilidade por oito anos decretada pelo TRE-SE. 

Tal conduta mostra que Belivaldo Chagas, no exercício do cargo de governador,  é reicindente na prática de abuso de poder político, zomba da Justiça Elelitoral ao insistir em desequilibrar a disputa, e atentar contra a legimidade das eleições,  como fez pra se eleger governador em 2018. 

No domingo, 15 de novembro, veio a firme e corajosa decisão do povo: o governador Belivaldo, o atual prefeito Marival e o seu candidato chapa branca, Aloízio do Sofá, foram derrotados, passando por uma humilhação sem precedentes, perdendo todos eles para um modesto motorista da prefeitura, Cristiano Viana, do PSB. 

Cristiano é o novo líder da pacata e ordeira Simão Dias. Ganhou bonito, sepultando a ideia de que só o poder e o dinheiro é que podem ganhar eleições.

Vencer em Simão Dias, derrubar Cristiano e destruir por completo o agrupamento político dos Valadares, objetivos que se tornaram uma questão de honra e uma obsessão de Belivaldo Chagas, acabou sendo o maior vexame já sofrido por um governador em toda a história de Sergipe.

A esperança venceu o medo. 

O voto livre do povo apagou o “Vagalume”. 

ACV – Antonio Carlos Valadares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sua Excelência, O Vagalume

SUA EXCELÊNCIA “O VAGALUME” E A PATACOADA DO GOVERNADOR DE SERGIPE

 

Em Simão Dias, nas madrugadas da eleição um estranho “vagalume” surge na cidade e nos povoados fazendo barulho. Mais parece uma alma do outro mundo chegando. É o governador Belivaldo Chagas em carne e osso,  com um séquito de seguranças e aliados políticos.

Aqui no Sertão, “vagalume” é um cabo eleitoral ou político que anda tarde da noite acordando eleitores pra comprar votos, ou tentando flagrantes de captação ilícita de sufrágios feita por adversários. Em geral, a pressão do “vagalume” intimida e deixa o campo livre para que seus aliados pratiquem malfeitos contra a liberdade do voto.

No caso de uma oposição quebrada e ética, a tática do “vagalume” pode funcionar, desviando votos. No entanto, quando o povo quer, através do voto, apaga a luz do vagalume.

Não estou acusando ninguém da prática de compra de votos, apenas lamentando o fato de o governador do meu Estado não se tocar ao fazer o papel de “vagalume”, uma figura tão repudiada e ridícula no imaginário popular.

Pobre Sergipe D’El Rei!

ACV

Vitória do Ministério Público e da Sociedade, derrota do governo

Em toda a história de Sergipe, após a promulgação da Carta Magna de 88, o único governador que descumpriu a ordem de votação da lista escolhida para Procurador-Geral do Estado foi Belivaldo Chagas.

Antes da posse prometeu que nomearia o mais votado. Depois da posse, inverteu a ordem, e nomeou o 3º da lista.

Agora, aconteceu nova eleição, sendo eleita uma nova lista tríplice. Pela sua forma autoritária de decidir, vai tentar impor, antes de nomear, que o novo Procurador-Geral siga mais ou menos a mesma linha adotada pelo atual ocupante do cargo,  qual seja, a de ficar longe de investigações incômodas contra detentores do poder.

Com efeito, foi contundente a resposta que os membros da classe, através do voto livre de seus membros, resolveram dar ao atual comando da Procuradoria-Geral, ao escolher uma lista composta por nomes de perfil independente, sem qualquer atrelamento de ordem política.

Belivaldo, se tentar o continuísmo sem voto, vai perder tempo e saliva.

O Ministério Público Estadual, unido, escolheu uma lista uniforme, onde cada um de seus integrantes tem compromisso com a instituição.

Qualquer que seja o nomeado, agirá com autonomia, e não vai atrelar-se jamais aos interesses escusos do governo.

Afinal, o Parquet está muito preocupado com a imagem de omissão e comprometimento da última gestão em alguns casos emblemáticos, a exemplo do Hospital de Campanha de Aracaju, que causou grande desgaste à instituição, cuja decisão de isentar  a prefeitura, deixou-lhe em situação claramente embaraçosa ao omitir-se do seu dever de investigar.

Em contraposição a esse posicionamento, a Polícia Federal, o MPF e a CGU, com autorização prévia da Justiça, desencadearam a chamada operação Serôdio para obter provas de possíveis desvios de recursos da pandemia na execução da malsinada obra.

O Parquet, com muita razão, quer agora recuperar a sua autonomia e credibilidade asseguradas pela Constituição Cidadã.

Na eleição do Ministério Público Estadual, perdeu o governo, ganhou a sociedade. É o resgate da credibilidade do Ministério Público, e da confiança nessa honorável  instituição permanente que atua em defesa de todos os segipanos e sergipanas. 

ACV

O voto de protesto fragiliza a democracia

Um dos fatores que mais pesam contra a validade e a relevância do sistema democrático é o voto de protesto.

É um voto sem cara, que se exprime pela omissão ou anarquia, sem levar em conta a valoração de candidaturas éticas e legítimas, que se apresentam muitas vezes com um perfil e um passado de combate à corrupção, em favor dos direitos sociais e na defesa da moral política exigida pela sociedade.

Na política tradicional, assim como entre aqueles que se intitulam como contrários à “velha política”, o eleitor pode encontrar nomes que representem as suas ideias em favor de uma atuação voltada ao combate à corrupção, ao fortalecimento das liberdades políticas e dos direitos humanos, políticas de distribuição de renda e contra as mazelas da gestão governamental.

Meu nome é Enéas!

Os que se expressam no combate à corrupção e à renovação política, têm um lugar de destaque. Mas uma boa parcela da sociedade aceita o político tradicional, desde que tenha um passado que o credencie a falar sem medo pelo exemplo de honestidade e compromisso com as boas causas. Todavia, nem sempre é assim. Corruptos se elegem, mesmo que passem todo o mandato na degola, respondendo a processos criminais e eleitorais, e muitos deles salvando-se aos trancos e barrancos. 

Se temos numa eleição centenas de cargos para o legislativo e outros tantos para o executivo, não há porque, a priori, julgar que em número tão ostensivo, não possa encontrar alguém capaz de representar o pensamento de pelo menos uma parcela dos eleitores.

É sabido que a revolta do eleitorado por vezes, conduz a uma apressada decisão de anular o voto, votar em branco, ou abster-se de comparecer às urnas.

O voto de protesto conseguiu eleger para deputado federal figuras sinistras como Enéas (PRONA),  o ícone da extrema-direita, com um discurso relâmpago, e usando apenas o bordão “Meu nome é Enéas!”,  obtendo mais de 1 milhão e meio de votos em SP.  O então deputado Jair Bolsonaro, cuja ideologia se identifica com a daquele fenômeno eleitoral, procurou de alguma forma fazer-lhe uma homenagem,  apresentando um projeto de lei na Câmara (PL 7699/2017) para inscrever o nome de ÉNEAS FERREIRA CARNEIRO no Livro dos Heróis da Pátria.

Esse mesmo voto de protesto levou para Brasília, figuras caricatas e engraçadas como Tiririca. Em outros tempos, até animais –  quando o eleitor ainda podia votar escrevendo o nome do candidato na chapa-, numa escalada de gozação o povo chegou a eleger  bodes, gorilas e rinocerontes. Em Sergipe, um candidato que se intitulava Rôla, faltou pouco pra chegar à Câmara dos Deputados. Queria uma aliança com o PSB que, por pruridos morais, não o aceitou como aliado. O seu slogan era “Rola Neles!”. Resultado, Rola perdeu por pouco, e Pedrinho Valadares, que teve a maior votação como deputado federal, não se elegeu por causa daquela aliança populista que não se consumou.

Os eleitores concluem que a causa maior dos males  por que passam, a culpa maior é do sistema democrático que elege os nossos representantes, os quais não levam em conta os apelos da população.

O eleitor ao se deparar com as denúncias frequentes contra políticos, colocam todos no mesmo balaio, e procuram votar em salvadores da pátria, justiceiros que se amparam no discurso do novo, com o viés do prende e esfola, nem que nada aconteça depois de eleitos.

 

A eleição passou a ser um ato de desabafo, mesmo que, após, não resulte em nada. Ainda que depois se arrependam os eleitores.

Um dado curioso sobre a última eleição para o governo do Estado em Sergipe: no 2º turno tivemos mais de meio milhão de eleitores (33,5%) que votaram nulo, branco e se abstiveram de votar. 

O voto pode então funcionar como um ato de vingança, mesmo que em tal operação o justo pague pelo pecador.

Em tempos passados, ainda não tanto distantes, a ira do eleitor se manifestou expressando sua preferência por animais, figuras caricatas, folclóricas ou ridículas para desmoralizar, através do voto livre, o sistema político vigente.

Para evitar enxurradas de votos de protestos na época em que vivemos, quando há um acompanhamento instantâneo de seus trabalhos pelas redes sociais, os políticos deverão adotar uma postura mais transparente, mais corajosa, mais ativa, focando a sua atuação nos problemas mais graves com que se defronta a população como o desemprego, a desigualdade social, a saúde e a educação, a violência urbana e rural.

O político deve ser um espelho para as gerações que vão surgindo a cada eleição, deve ser um exemplo a ser seguido em sua conduta pessoal e pública, tendo a honestidade e a ética como bastiões seguros para enfrentar a luta.

O povo está de olho. 

Neste comportamento de protestar sem participar, ou participando votando nos extremos, exprime-se  uma tendência autoritária de descrença nas instituições democráticas.

Preferências pelo autoritarismo e por soluções milagrosas, a exemplo do fascismo italiano e do nazismo alemão, conduziram a Itália e a Alemanha a um fim catastrófico, provocando a dizimação de milhões de vidas durante a segunda guerra mundial.

ACV

STF anula prisão em 2ª instância. Lula livre disputa a presidência contra Bolsonaro?



Com o voto de minerva do presidente Dias Toffoli, o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu revogar a prisão em 2ª instância, e só permiti-la depois do julgamento de todos os recursos.

A execução da sentença penal que antes valia a partir da condenação do réu em Tribunal de 2ª instância, agora terá que aguardar que essa mesma decisão seja confirmada no 3º grau (STJ) e no 4º grau (STF).

Ao julgar três ADCs (ações diretas de constitucionalidade), movidas pela OAB, e pelos partidos políticos, Patriota e PCdoB, a Suprema Corte concedeu o direito aos presos que se encontram em tal situação – ou seja, em cumprimento antecipado da pena em face de uma condenação no juízo de 2º grau -, a permanecerem soltos até a condenação definitiva ou ganharem a liberdade permanente com comprovação da inocência.

A meu ver, os advogados da causa foram muito espertos ao fazerem uma pergunta simples para obterem uma resposta igualmente simples do STF, mas que causaria sem dúvida grandes repercussões no meio político e jurídico qualquer que fosse a decisão.

Em resumo, eis a questão em foco: o artigo 283 do Código de Processo Penal diz que ninguém será preso antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, só depois de o réu esgotar todos os recursos.

A pergunta dos advogados ao STF:  o artigo 283 do Código de Processo Penal em vigor fere a Constituição da República do Brasil?

Por maioria o STF deu-lhes a seguinte resposta: não fere, está de acordo com a Constituição, art 5º, inciso LVII, que diz: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”.  E esse julgado do STF,  foi tomado, conforme entendimento da maioria da Corte Suprema,  em obediência ao princípio da presunção de inocência, ou da culpabilidade,  que assim se define:

Consiste no direito de não ser declarado culpado senão mediante sentença transitada em julgado, ao término do devido processo legal, em que o acusado tenha se utilizado de todos os meios de prova pertinentes para sua defesa (ampla defesa) e para a destruição da credibilidade das provas apresentadas pela acusação (contraditório)

Renato Brasileiro de Lima, em sua obra Manual de Processo Penal, Volume 1.

O Supremo ao assim resolver, assumindo um papel garantista de normas estatuídas em nossa Carta Magna, querendo ou não, colocou no colo do Congresso Nacional a prerrogativa que lhe é atribuída, qual seja, a de aprovar e promulgar, querendo, uma mudança no texto constitucional que autorize a prisão em 2ª instância, dispensando o pronunciamento dos demais tribunais superiores para tornar mais rápida a persecução penal dos réus considerados culpados.

Para melhor compreender a resolução do STF, Lula, até julgamento final da sentença que o condenou, responderá o processo em plena liberdade.

Lula poderá ser candidato a presidente em 2022?

Pela lei das inelegibilidades não poderia. Porém, se o STF decidir pela nulidade da sentença imposta pelo então Juiz Sérgio Moro, confirmada pelo TRF-4, ele poderá pleitear o retorno ao cargo de presidente em disputa com o presidente Bolsonaro que já declarou o seu desejo em concorrer à reeleição.

ACV

Esquerda, direita, volver, Edvaldo & o DEM

Leio nas mídias sociais uma afirmação no mínimo curiosa do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), quando diz que não faria de jeito nenhum aliança com o DEM da senadora Maria do Carmo e de José Carlos Machado, por ser um partido muito à direita.

Edvaldo elegeu-se em 2016  com minoria na Câmara, mas conseguiu reverter a situação rapidamente, atraindo para seu lado diversos vereadores de cores partidárias antagônicas ao de seu partido, o PCdoB, oferecendo- lhes no melhor estilo da direita cargos em comissão e posições vantajosas na prefeitura municipal.

O prefeito praticou com maestria o famoso toma-lá-dá-cá para garantir votos e aprovar projetos, e tornar a Câmara quase que totalmente dócil, consentindo, com poucas exceções, em defender suas estratégias políticas, inclusive barrar CPIs, e outras investigações que pudessem causar algum incômodo ou alarido nas hostes do poder municipal, e  no seio da opinião pública. 

Sem impor freios ao seu esquerdismo de araque, colocou como líder de seu governo na Câmara, o vereador eleito pelo DEM, Vinicius Porto, um amigo do peito de João Alves e de seu vice José Carlos Machado – este ocupando atualmente a presidência do partido “repudiado” por Edvaldo.

A toda hora Edvaldo promete sair de seu partido, o PCdoB, uma linha dissidente do PC – sem que isso nunca se consolide -, para inscrever-se em outro partido que tenha uma ideologia menos radical, e que se harmonize com o seu modo de ser, de há muito desfocado do desprezo ao capital ou às classes mais abastadas.

O seu casamento com uma pessoa do ramo empresarial, querendo ou não, retirou a sua ideologia, se é que ele tinha realmente alguma.

O deputado Fábio Henrique já afinou as pernas e perdeu quase que toda a saliva andando atrás de Edvaldo convidando-o para se filiar ao PDT sem, no entanto, conseguir o seu intento.

Mas, enquanto isso, Edvaldo às escondidas procura o Lupi, presidente do PDT, na tentativa de entrar por cima, demonstrando não querer nenhum compromisso direto com o deputado e demais filiados ao PDT.

Surfando em cima de um mar de recursos federais liberados por governos de direita ou de extrema direita (Temer e Bolsonaro), divulga um plano de obras invejável, o qual, se for realmente concretizado, a sua reeleição que ele garimpa com método e aplicação, poderá garantir-lhe, segundo ele sonha e imagina, a mais longeva permanência de um prefeito governando Aracaju.

Se o seu sonho se concretizar poderá completar 6 mandatos na prefeitura, sendo 2 de vice-prefeito, e 4 de prefeito, se voltar a ganhar, contando o mandato tampão de 2 anos em substituição a Déda quando se candidatou a governador, renunciando o  mandato de prefeito, assumindo Edvaldo no seu lugar na condição de vice. 

Ao eleger-se prefeito em 2016, quando teve um piripaque num debate, chegou ao 2º turno um tanto quanto desacreditado.

Venceu com duas estratégias mentirosas, urdidas pelo conhecido bruxo do marketing chamado Cauê: 1ª) que iria revogar o IPTU; 2ª) que o seu oponente no 2º turno (Valadares Filho) teria um acordo “secreto” com o então prefeito João Alves, que fora candidato à reeleição e não alcançara nem 10% dos votos no 1º turno.

Uma estratégia mortífera e maquiavélica que deu certo, dando-lhe a vitória nas urnas por uma pequena diferença de 11 mil votos, diante de uma disputa que se anunciava praticamente perdida.

João Alves alcançara uma rejeição sem precedentes, agravada por sua decisão em aumentar o valor do IPTU da cidade a níveis estratosféricos. Daí a tática empregada pelo comuna vacilante ao ligar o seu adversário à figura do ex-prefeito. Aliás, a tais recursos do IPTU, que antes repudiava, Edvaldo hoje a eles se apega de unhas e dentes para garantir a sua cobrança,  chegando ao ponto de retirar ação por ele mesmo proposta na Justiça durante a campanha, a qual pedia a nulidade da lei do malsinado imposto.

Para reafirmar  o seu apego ao IPTU extorsivo, depois que o Tribunal de Justiça decidiu por sua revogação, Edvaldo mais que depressa recorreu ao STF para continuar penalizando o contribuinte com a cobrança absurda.

Mentiu descaradamente e ganhou as eleições, inclusive em meio a investigações nunca esclarecidas de uma composição financeira por debaixo dos panos, em cima do pleito, com a empresa de lixo.

O proprietário desse empresa foi preso e humilhado publicamente e, apesar da investigação divulgada com foros de escândalo, nada se apurou para desvendar o mistério dessa relação incestuosa.

Na memória da opinião pública ficou apenas a prisão temporária do empresário sem nenhuma outra consequência para outrem que dele supostamente tenha se beneficiado.

Para o próximo ano um novo arsenal de mentiras e meias verdades, o marketing de Edvaldo já está preparando, visando a sua reeleição com um discurso envolvente de bom gestor.

Penso que por pragmatismo, na  campanha, Edvaldo não vai imitar o discurso falacioso de que “chegou pra resolver”, de seu mais forte aliado o também “esquerdista” governador Belivaldo.

Pra ganhar uma eleição, desse rapaz não se pode duvidar nada. Se for bom eleitoralmente pra ele, o DEM, estigmatizado hoje como direitona, poderá ser convocado pra estar ao seu lado, disso não tenham a menor dúvida.

Edvaldo não tem identidade ideológica: não é esquerda, nem direita, nem centro. E nunca foi comunista como sugere a sigla do partido ao qual está filiado, e dele quer sair, o PCdoB. Simples assim: uma entidade política amorfa, inodora, insípida e incolor.

Mesmo assim, não se pode desprezar a sua sorte, combinada com suas posições camaleônicas, ou com seu maquiavélico contorcionismo para se manter no poder, apesar de sua figura não se impor como uma verdadeira liderança política perante o povo de Aracaju.

ACV

Governador Paulo Câmara (PSB-PE) recebe solidariedade por ataque de Bolsonaro

O presidente perde as estribeiras mais uma vez. Uma agressão gratuita. Neste momento de crise o Brasil precisa da união de todos. Leia o que disse Bolsonaro, ” o espalha brasa”, do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que mereceu uma pronta resposta dos seus colegas do Nordeste:

De língua solta

NOTA DOS GOVERNADORES:

Nós, governadores do Nordeste, gostaríamos de expressar nossa solidariedade ao colega Paulo Câmara, de Pernambuco, vítima de um descabido e desrespeitoso ataque proferido, hoje, pelo presidente Jair Bolsonaro. 

Além de inverídica, a mensagem publicada possui um tom inaceitável, em qualquer situação, tornando-se ainda mais grave ao ser assinada pela mais alta autoridade do Poder Executivo nacional. 

É profundamente lamentável que a missão confiada ao atual presidente seja transformada em um vergonhoso exercício de grosserias e, neste caso, também na propagação de falsidades. 

A verdade dos fatos, apresentada na resposta do governador de Pernambuco, prevaleceu. Mas não poderíamos abrir mão de registrar esta nota de repúdio.

O Brasil precisa de seriedade, solidariedade, espírito público e entendimento. O país precisa de reunião de esforços para superar enormes desafios. É fundamental que este compromisso, que todos esperamos ver cumprido pelos gestores públicos, não seja debochadamente ignorado por alguém que deveria ser uma de suas maiores referências.

Continuaremos a postos, unidos, e firmes no trabalho a favor da população, também permanentemente atentos à manutenção de um ambiente que favoreça o diálogo, o respeito às pessoas e o fortalecimento da democracia.

A nota é assinada pelos governadores Belivaldo Chagas (Sergipe), Camilo Santana (Ceará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Flávio Dino (Maranhão), João Azevedo (Paraíba), Renan Filho (Alagoas), Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piauí).

Fonte G1

O TREM DA ALEGRIA E O DEFENSOR PÚBLICO SEM PETIÇÃO

Infelizmente, a política em Sergipe desde há alguns anos mudou de cara e a mentira passou a ser BH usada por integrantes do staff do governo com a maior sem cerimônia, sem o mínimo respeito à população, tida por eles como desinformada, e disposta a aplaudir ou calar, sobre o que dizem os donos do poder notadamente contra membros da oposição.

Fui acusado em entrevista numa emissora de rádio por José Felizola, genro do governador,  Secretário Geral,  de ter sido o único causador da crise financeira que atravessa o Estado, por ter comandado, segundo ele, um trem de alegria quando fui governador.

Pura invencionice na tentativa de desviar o foco do retumbante fracasso do governo, que não encontra saídas para a crise e atira para todos os lados, sem se importar com balas perdidas que podem atingir a quem não merece e nem  tem culpa no cartório.

Ao contrário, fiz um governo austero e realizador, não houve trem de alegria nem nomeações em massa como fui acusado e de ter provocado um inchaço na folha do Estado.  Belivaldo foi auxiliar de meu governo e sabe que tudo isso não passa de uma grande mentira.

Declaro que essa conversa não passa de mais uma fake news espalhada por alguém que deveria ter a mínima responsabilidade pelo elevado cargo que ocupa, e, por isso, por sua postura, está mostrando que é Secretário Geral, porque tem a vantagem de ser genro do governador.

Enrolado em promessas demagógicas que fez ao povo na campanha de 2018, o governador Belivaldo, sentindo-se incapaz de cumpri-las e vendo no horizonte o fracasso de uma gestão, que “chegou pra resolver”,  procura culpados, e manda o seu genro, atacar-me em emissora de rádio, colocando em meus ombros as dificuldades hoje vivenciadas pelo Estado. Veja se tem cabimento uma desculpa desse tipo: fui governador há quase 30 anos, e me acusam de ser o responsável pelo que hoje passa o Estado.

Além disso, ao afirmar que “em 1988 e 1989, o Estado quadruplicou o número de funcionários”, quando eu fui governador, o porta voz do governo Belivaldo, o seu genro, e Secretário Geral,   comete um erro clamoroso, uma acusação falsa; formado em direito José Felizola devia saber que naqueles dois anos citados, a nova Constituição proibia qualquer nomeação sem concurso.

Pela gravidade de que se reveste tal procedimento, se por acaso o fizesse, eu poderia ter perdido até o meu mandato, como aliás está sendo cassado o governador Belivaldo, embora que por outro motivo, por decisão da Justiça Eleitoral, por uso abusivo da máquina pra ganhar as eleições.

O governador deveria ter sugerido ao seu genro  falar com cautela sobre trem de alegria para não cair em discurso incoerente. Foi justamente num período anterior ao meu governo, cujo titular, infelizmente, neste momento não pode responder por motivo de doença, que Belivaldo foi nomeado defensor público sem concurso, em meio a acusações pejorativas de adversários de que chegara ao cargo dentro de uma lista do propalado trem de alegria que surgira na época.

Nomeado (assumo que eu pedi a sua nomeação – a CF permitia), em trinta anos como defensor público Belivaldo nunca escreveu uma petição em defesa dos hipossuficientes, mas, no entanto,  se aposentou com todos os direitos conferidos aos que exercem efetivamente a profissão.

Da época em que governei o Estado, até a presente data já se passaram quase 30 anos, e pelo menos 5 governadores – alguns com 8 anos de mandato -, assumiram o governo de Sergipe. Eu tive apenas um mandato de 4 anos (março/87 a março/91). 

Não posso me recolher ao silêncio diante de acusação tão injusta e descabida.

Desde a eleição que me recolhi e tenho procurado, voluntariamente, eximir-me de debates estéreis, na tentativa de mostrar a minha paciência em aguardar mais um tempo, e não ser acusado de comprazer-me com os descaminhos da gestão deste governo.

Portanto, não vejo motivo, e estou estupefato ao constatar que em nosso meio existe um governador, junto com seu genro, que destilam tanto ódio e malquerença contra outrem que em muitos anos só lhes fez o bem, e nunca usou a mentira como escudo para esconder as suas faltas, ou tenha usado do artifício covarde de acusar a terceiros para se livrar de suas culpas. 

Antonio Carlos Valadares

Advogado – OAB (SE) 642

PSB avança e dá exemplo de modernização com a Autorreforma

Comungando com os novos tempos, nos quais a sociedade está a exigir transparência das ações, debate democrático, atualização e aprofundamento das idéias em benefício de um projeto de desenvolvimento para o País, o PSB Nacional está dando um exemplo de avanço, integrando os seus objetivos partidários com os anseios de nosso povo. 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, explica as razões que levam o partido a realizar uma autorreforma, as etapas da reestruturação partidária e os temas que estarão em seu novo programa.

Clique a seguir e acompanhe o vídeo com a fala do presidente Carlos Siqueira  A Autorreforma do PSB

Segundo Siqueira, o ponto de partida será uma conferência nacional, entre os dias 27, 28 e 29 de novembro, no Rio de Janeiro. No evento, lideranças partidárias e a militância se debruçarão na análise de um documento que, depois de aprovado, será submetido ao debate dentro e fora do partido.

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“O objetivo é realizar grandes debates em todas as instâncias partidárias para enriquecer, com ideias e propostas, o texto discutido durante a conferência”, explica Siqueira, no vídeo.

“É fundamental que todos os filiados ao partido ou qualquer simpatizante tenha a oportunidade de contribuir, de avaliar e dar sugestões. Não queremos um documento feito pelas cúpulas partidárias. A proposta é que ele seja discutido nos municípios, estados e nas seções estaduais”, completa.

O documento também estará disponível para consulta pública, acessível a todos os cidadãos, independente de filiação partidária. Será lançado ainda um site sobre a autorreforma onde os interessados poderão contribuir com observações, sugestões e propostas.