ÍNDICE GINI
Levantamento do IBGE elaborado a partir de dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios , e do índice Gini, concluiu que o Brasil aumentou a desigualdade social pelo 17º trimestre consecutivo.
Esse resultado revela o período mais longo de alta concentração de renda em toda a história econômica de nosso país, pelo menos depois dos anos em que passou a ser contabilizada.
O índice Gini, o mais importante coeficiente para se apurar a desigualdade de renda em todo o mundo, tem uma escala de valores compreendida entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero menor a desigualdade.
Segundo esses dados publicados pelo IBGE, por causa dos efeitos da recessão econômica que se abateu sobre o Brasil desde o 4º trimestre de 2014, os pobres empobreceram bem mais , a classe média sofreu impactos negativos em sua renda, ao mesmo tempo em que os menos ricos enriqueceram um pouco mais e os muito ricos enriqueceram muito mais.
A faixa dos mais pobres que ganham menos de R$ 233 por mês agora é de cerca de 23 milhões. Isso significa uma grande iniquidade, um número alarmante de 6,2 milhões de brasileiros que caíram na linha de pobreza a partir do início de 2015, até o 3º trimestre de 2019.
QUEM MAIS PERDEU
Ainda, de acordo com o levantamento do IBGE, pode-se concluir que a metade mais pobre da população teve perdas da ordem de 17,1% em sua renda, enquanto a classe média (40% da população) teve perdas de 4,1%. Mas, o 1% de mais ricos teve ganhos acima de dois dígitos: 10,11%.
A escalada do desemprego foi o fator que mais contribuiu para a desigualdade no Brasil atingindo a faixa dos mais jovens e dos menos instruídos. Lembra o IBGE que nunca foi tão alto o índice dos que procuram emprego no Brasil, chegando à casa do 3,347 milhões, enquanto mais de 5 milhões desistiram de procurar emprego.
Uma tristeza para um país que tem tudo para ingressar no rol das nações mais desenvolvidas do planeta, mas, que, no entanto vem se afundando a cada ano numa trágica sucessão de desigualdade social, desalento e pobreza endêmica.
ACV