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RETALHOS DA POLÍTICA – EM 2018, PERDI NO VOTO E ACERTEI NOS PRINCÍPIOS

AS ELEIÇÕES PASSAM, OS PRINCÍPIOS NUNCA MORREM

ELEIÇÕES 2O18

 

Em discurso pronunciado no Senado no dia 21 de novembro de 2017, faltando quase 1 ano para as eleições, enfatizei a decepção dos eleitores contra os políticos, que poderiam ocasionar mudanças substanciais nas estruturas de poder no Brasil. Leia o que disse na tribuna do Senado fazendo uma análise antecipada das eleições. Os princípios que sempre defendi contra a corrupção, a compra de votos, o populismo, a demagogia, a morosidade da Justiça, o descaso na segurança, na educação e na saúde, comprovam que estão mais vivos do que nunca na consciência popular. Erros e acertos na democracia existem para torná-la mais forte, e para nunca perder a sua chama libertária. 

Winston Churchill na Câmara dos Comuns, em 11 de novembro de 1947: “A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história.”

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, 

No próximo ano o Brasil estará realizando mais uma eleição. Em 2018, estaremos elegendo um novo Presidente da República, novos governadores, Deputados Federais, estaduais e Senadores. Eu poderia perguntar, como muitos que estão me ouvindo, quem vencerá as eleições de 2018. Será a mentira? O populismo? A demagogia? O poder econômico? A experiência? A modernidade? O novo? O centro? A direita ou a esquerda?
 
O povo sofrido do Brasil, em meio a tantas dúvidas e decepções, será mais uma vez o juiz para decidir, com o seu voto, os destinos da Nação. 
 
Há uma crise no Brasil de descrédito quase que generalizado quanto à atuação de nossos agentes públicos, de nossos políticos, da nossa classe política.
 
Parece que a população já tomou consciência de que campanhas políticas, de onde nascem as promessas, e a realidade depois da posse são coisas muito diferentes.
 
Esse descrédito é tão elevado, tão acentuado, Sr. Presidente, que as pesquisas às quais eu tive acesso, algumas delas publicadas, mostram de forma muito clara que o eleitor brasileiro está descrente: mais de 60%, chegando a até 70% dos que são pesquisados, dizem que não querem votar e simplesmente não respondem à pergunta sobre o candidato ali posto na pesquisa.
 

SERÁ MELHOR, MANTER O COMPROMISSO OU PERDER A CERIMÔNIA, PEDINDO QUE  ESQUEÇAM O QUE DISSE?

 
Condutas e ações, infelizmente, na prática se invertem. É como se fosse natural fazer um discurso floreado na campanha e, após o pleito, um outro discurso, amargo, carregado de espinhos.
 
As intenções se ocultam na campanha, e os postulantes a cargos eletivos usam uma linguagem enigmática, o mais das vezes recheada com pitadas de emoção e de engodo, pouco assimilável pelo eleitor, já se preparando o candidato, manhosamente, para desdizer o que disse durante o pleito eleitoral.
 
Que tristeza! Mesmo antes da posse o candidato vitorioso dá os primeiros sinais de que não vai mais cumprir e rompe, sem a menor cerimônia, os compromissos assumidos. Ele tem a esperança de que, lá na frente, vai contornar tudo com cargos e vantagens para atrair lideranças da oposição no Legislativo, cuja maioria acha que não sobrevive sem marchar com o governo, e obras nos bairros para alegrar os seus habitantes, como também nas cidades que eles representam. 
 
Já os eleitores, coitados, que votaram acreditando nas promessas, sentem-se como se tivessem sido vítimas de uma fraude eleitoral ou de uma tramoia política para conquistar os seus votos.
 
Tenho batido nessa tecla, Sr. Presidente, porque considero que esse modelo enganador – que se apoia na mentira, na compra dissimulada ou mesmo escancarada de votos, e no ataque sem tréguas ao adversário que pode lhe tirar a eleição – representa a negação da política, uma contrafação da democracia, um golpe covarde e oportunista contra um eleitorado que, em sua maioria, vota de boa-fé, acreditando naquela plataforma que afinal se revelou uma rotunda falsidade.
 
Em outros tempos era mais fácil enganar os eleitores. Hoje em dia fica mais difícil, ou praticamente impossível, lograr êxito com a mentira. Mas será que isso é verdade? Seja pela informação política instantânea nas redes sociais, seja pelo acompanhamento permanente das ações da gestão, seja pela transparência que passou a ser lei, facilitando ao grande público a crítica e a cobrança, realmente ficou um tanto mais difícil.
 
Sem falar que a imprensa está mais vigilante, inserindo-se como protagonista de uma era que exige firmeza e coragem, reforçando o jornalismo investigativo, deixando, quase sempre, gestores públicos em situação de permanente alerta e precaução.
 
Desse modo, a democracia se torna mais viva e atuante, fortalecendo o elo entre governantes e governados. É bom acentuar que não vivemos num mundo de santos, notadamente no mundo da disputa política, que se manifesta de várias formas: no pecado, na inconsequência, na coragem, no ideal ou na pureza.
 

A MENTIRA E O DINHEIRO VENCERÃO?

Além da demagogia e do populismo, ressurge, driblando e desafiando a Justiça Eleitoral, a influência do poder econômico nas eleições.
 
Apesar da proibição do uso de dinheiro privado, será o caixa dois, mais uma vez, protagonista da fraude oculta em benefício dos candidatos mais ricos. Aí está uma legislação permissiva, que não estabeleceu limites de gastos para os candidatos milionários.
 
Quem não sabe da influência nefasta dos endinheirados, que já são considerados eleitos por antecipação, em virtude de oferta de dinheiro por fora que corre à solta no interior e até mesmo na capital? Boa parte dos mandatos será comprada infelizmente e veremos algumas poucas investigações que irão a fundo e chegarão a bom termo.

O POVO RECLAMA DA VIOLÊNCIA, DO TOMA-LÁ-DÁ-CÁ, DA MOROSIDADE DA JUSTIÇA,  DA  CORRUPÇÃO E DOS IMPOSTOS, ETC

Mudando de assunto, devo assinalar que o fracasso da gestão administrativa que quase se vulgarizou em todos os rincões do Brasil deve-se, em grande parte, a defeitos que se eternizam na estrutura do aparelho de Estado.
 
Seria preciso uma reforma introduzindo novos eixos que assegurem o cumprimento das funções essenciais do Estado, como a aplicação de políticas públicas de segurança, saúde e educação e a construção de redes de proteção social em caráter permanente, com o objetivo de reduzir as desigualdades entre pessoas e as disparidades entre regiões e Estados federados.
 
As garantias dos meios de sobrevivência da população não se traduzem apenas na preocupação com índices de emprego. A ocupação de vagas no mercado de trabalho deve ser uma luta constante de governos e da sociedade civil, mas não se resume a isso.

Há diversos fatores que contribuem para a desconfiança em relação a governos e instituições. Aponto alguns destes: a violência reinante em nosso País e a superlotação nas prisões, que traduzem a fragilidade das políticas de segurança e do sistema prisional; a falta de compreensão das autoridades no combate às drogas, ao não assumirem, em relação ao usuário, uma atitude consciente de tratá-lo como um doente, facilitando-lhe o acesso ao sistema de saúde; a enxurrada de partidos políticos sobrevivendo às custas do fundo partidário, abastecido com dinheiro do contribuinte, e participando do toma lá dá cá com o governo; o acúmulo de processos e a morosidade da Justiça; a corrupção que se tornou endêmica, aumentando o descrédito da classe política; a concentração da maior parte da arrecadação nas mãos da União, em detrimento dos Estados e Municípios, que atingiram o patamar perigoso de quase absoluta insolvência, exigindo uma reforma tributária para redução da carga e para dividir com equidade os impostos pagos pelo povo brasileiro.

O QUE VAI PESAR NA ELEIÇÃO, O NOVO, A HONESTIDADE E A EXPERIÊNCIA,  OU TODOS ESSES FATORES JUNTOS?

Em 2018, o eleitor será influenciado, por certo, pela propaganda política. Todavia, o eleitor, levado por tantas tentativas frustradas de votos errados ou equivocados, poderá levar em conta dessa vez não apenas a garantia de sucesso administrativo a ser prometido nas campanhas eleitorais em todo o nosso País.

O eleitor, espero, vai pesar a experiência do candidato, a sua honestidade e a sua capacidade de inovação e criatividade. O eleitor está pensativo e desconfiado.
 
Aqueles que conseguirem transmitir uma mensagem de concretude que possa convencer almas e corações, para resolver as coisas aparentemente complexas como a segurança pública, saúde, educação e emprego, e souberem se colocar no lugar do povo, que sofre as consequências da corrupção, da irresponsabilidade e da má gestão, serão os escolhidos para o novo tempo que está por vir.
 
O povo sempre está atrás do novo, de um novo projeto, de um novo programa, mas não repudia os mais velhos que surjam com novas ideias para tirá-lo do sufoco e da decepção em que vive.
 
A longevidade bem-sucedida, que avança e acompanha a modernidade, é uma fonte segura de renovação de métodos e ações.
 
A renovação é um estado de espírito que é sempre bem-vindo ao aperfeiçoamento da democracia. E ela, a renovação, encontra-se numa sociedade sem preconceitos, na cabeça de pessoas de todas as idades e dos que lutam para melhorar a vida do povo.
 
ACV
 
 
 

PACTO DOS TRÊS PODERES, O BRASIL SAIRÁ DO SUFOCO?

Nem tudo está perdido como à primeira vista parecia indicar pelo comportamento imprevisível do presidente. 

Bolsonaro instado pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, resolveu reunir-se no Palácio da Alvorada com os chefes dos demais poderes, do Legislativo e do Judiciário.

Foi um gesto político que representa diálogo e preocupação com os destinos do nosso País, num momento em que, pela gravidade da situação econômico-financeira reinante, todos devem se unir na busca de saídas que nos tirem do sufoco.

O presidente do Supremo já tinha proposto há poucos meses esse entendimento com a participação de todos os poderes.

Muito embora à primeira vista a ideia possa ser encarada como boa, dadas as condições caóticas em que se encontra  o nosso País, temos que esperar mais um pouco, antes de uma apreciação definitiva. 

É de se constatar que se a crise existe, o maior responsável para resolvê-la é o Poder Executivo, apontando saídas ao Legislativo, o qual, dentro de sua competência constitucional de fazer leis, poderá, com boa vontade e espírito público, dar a sua quota de ajuda para destravar a economia, equilibrar as finanças e criar condições para a retomada do emprego.

Creio que esse pacto, com metas a serem cumpridas gradualmente, tem que andar sem os percalços que podem ser criados de um momento para o outro por uma tuitada impensada do presidente.

Se tem metas pela frente o Executivo tem que se resguardar um pouco para não aumentar as dificuldades. Nem o Legislativo, e muito menos o Judiciário, podem ser emparedados pelo presidente, como ele costuma fazer, quando se impacienta com a demora de soluções para atenuar a crise brasileira que vem de longe.

E ainda mais grave é o nosso cenário porque, pelo menos por enquanto, só a reforma da Previdência parece ser a única solução para a crise, um projeto da iniciativa do governo anterior que estava dormitando na Câmara e que o presidente Bolsonaro o incorporou às metas de seu governo como se fosse uma autêntica bala de prata.

Não se pode exigir o destrancamento de um País extremamente centralizador e patrimonialista como o nosso, que vem assim, marchando assim, desde a concepção desenvolvimentista criada por Getúlio, estruturado com base quase que exclusivamente em iniciativas promovidas pelo Estado. O modelo exauriu-se e há que se encontrar novos caminhos sem no entanto ter a pretensão de empurrar tudo pela força, mas com persuasão, diálogo e bons projetos. 

É possível que o presidente Bolsonaro tenha aceito essa união entre os poderes, uma ideia bem intencionada do presidente da Suprema Corte, por causa das dificuldades de relacionamento que ele próprio criou com o Legislativo, notadamente com a Câmara dos Deputados.

Caiu como um verdadeiro achado para o presidente da República  a proposta do Pacto entre os Poderes, porque o seu problema maior, que no momento  é a reforma da Previdência, sai do âmbito de sua responsabilidade para se agasalhar no colo do Legislativo. 

Quanto ao Judiciário, como diz a nossa Carta Magna, os poderes são harmônicos e independentes, nada podendo fazer na atual conjuntura além do que está ali escrito. Não tendo como penetrar na governabilidade só faz esperar pelas demandas que surgirem dos demais poderes, e da sociedade, criando jurisprudências  que conciliem os interesses das partes envolvidas. 

Todas as balizas do pacto entre os poderes já estão colocadas no âmbito de nossa Lei Maior. 

No entanto, vale a ideia do Pacto,  que partiu de um membro do STF, o seu presidente, como uma sinalização para o distencionamento das relações entre os poderes, que nos últimos tempos tem sido motivo de preocupação no meio político.

Essa preocupação nasce dos recados por vias diretas e indiretas que se espalham, por exemplo, nas redes sociais, estimulados na maioria das vezes pelo próprio presidente, explicitando  condutas e posicionamentos incompatíveis com a normalidade democrática.

ACV

 

 

 

 

BOLSONARO, AS VELHAS PRÁTICAS POLÍTICAS E O AVAL A TEMER

ATÉ AGORA SÓ DESCULPAS APONTANDO CULPADOS

O presidente Bolsonaro teima em demonstrar a sua face ranzinza de preferir o confronto ao diálogo, no trato com o Congresso.

Em cinco meses de governo nenhuma novidade, a não ser o tempestuoso decreto das armas, assim mesmo refeito pela ocorrência de inconstitucionalidades flagrantes, o que prova uma falta de cuidado ao legislar sobre temas polêmicos. 

Ao invés de radicalizar como vem fazendo a cada dia, deveria descer do palanque e usar o diálogo como arma, e a articulação política para se impor perante o Congresso.

Não conseguindo transpor a barreira do desemprego que voltou a subir no seu governo, sem um plano definido para tirar o Brasil da recessão, escolhe como tática de fuga, o confronto das ruas e das redes sociais na tentativa de colocar toda a culpa de sua inapetência para governar no colo do Congresso Nacional.

Procurando aparecer como um Messias, ou como um Salvador da Pátria, com o poder subindo-lhe à cabeça e achando que pode resolver tudo sozinho, a olhos vistos, despreza o Congresso e insinua que os seus projetos são barrados, ou sofrem obstáculos em sua tramitação, porque se recusa atender às velhas práticas políticas.

SERIA UMA AMEAÇA ÀS REGRAS CONSTITUCIONAIS? 

Mas afinal, o que quer dizer o presidente com a expressão velhas práticas políticas e quais as consequências se a sua latente indisposição com o Congresso continuar?

Bolsonaro passou 28 anos na Câmara dos Deputados. Mesmo com uma atuação apagada, fazendo parte do chamado baixo clero, não é possível que não tenha aprendido a prática salutar e construtiva da  convivência política.

Está na cara que o presidente cria  um discurso de ódio contra os políticos, ao espalhar aos quatro ventos que, por causa das velhas práticas do meio a que pertenceu, não consegue governar como prometera na campanha.

Noto que sua desconsideração ao Poder Legislativo dá claros sinais de que gostaria de governar fora das regras constitucionais, como um dia sonhou Jânio Quadros, que acabou renunciando, pensando em voltar nos braços do povo. Logo depois sobreveio o golpe de 64, com a derrubada de João Goulart – ainda como efeito colateral do desprezo de Jânio pelo Congresso. 

É essa a tradução e a intenção do comportamento conflituoso do presidente: ao olhar-se no espelho vê que não é capaz de cumprir as suas promessas de campanha e aponta a carabina de seu twitter para terceiros,  na suposição de que vai se livrar da responsabilidade que lhe pesa sobre os ombros.

REPÚDIO AO TROCA-TROCA E O AVAL A TEMER

Entendo que não se deve retornar ao troca-troca. Nisso dou inteira razão ao presidente.

Seria uma desfaçatez proceder como Temer, o qual, para aprovar os seus projetos e arquivar as denúncias contra ele na Câmara dos Deputados, serviu-se do poder da caneta presidencial para fazer nomeações na Esplanada dos Ministérios e nos Estados, apenas atendendo a critérios de ordem política.

É aí onde está o grande equívoco do discurso populista do presidente Bolsonaro.

É sabido que nos Estados Bolsonaro deixou nos cargos federais todos os indicados pelo esquema de seu antecessor, o presidente Temer. 

Ou seja, o discurso do presidente perde todo o sentido, sua coerência e cai no ridículo, quando insiste em manter nos Estados a turma do Temer nos cargos  federais e, por incrível que pareça, mandando recados às lideranças partidárias que não muda porque combate as velhas práticas…

É uma demonstração mais do que evidente do divórcio de Bolsonaro com a realidade política nos Estados, ao avalizar, querendo ou não, com a omissão de sua caneta, o troca-troca do Congresso no governo Temer, fato que gerou grande parte da insatisfação popular que o conduziu ao governo. 

ACV

CONSULTORIAS EM ALTA, TURISMO EM BAIXA

CONSULTORIAS NUMA BOA

No decorrer da semana passada, primeiro no programa Nova Manhã, do radialista André Barros, depois no JC, a notícia de maior destaque foi a relacionada a contratos milionários feitos pela Secretaria de Estado do Turismo com empresas de consultorias.

O dinheiro é do governo federal, veio para Sergipe através do Prodetur, que é administrado pelo Ministério do Turismo. 

Esses contratos em três anos de vigência atingiram o montante absurdo de quase R$ 24 milhões. O noticiário informou que só uma empresa teria embolsado quase a metade das contratações efetuadas.

Perguntar não ofende, notadamente porque a notícia veio com a aparência de algo mal feito: as consultorias ganharam muito dinheiro, e o que ganhou o turismo sergipano?

Diante desse volume imenso de recursos aplicados pelo Estado, seria natural que tal despesa se transformasse em investimento, contribuindo para a alavancagem do turismo local, o qual, lamentavelmente, continua capengando, para não dizer, quase que inexistente.

TURISMO EM SERGIPE DE MAL A PIOR

Companhias aéreas desistem de escalas de viagem para Aracaju, hotéis e restaurantes reclamam das ridículas taxas de ocupação, e Sergipe, pelo menos por agora, não tem qualquer destaque no roteiro turístico nacional.

                               Salvador    

Os turistas que vêm do Sul-Sudeste em aviões superlotados, descem, costumeiramente, primeiro em Salvador. Se resolvem prosseguir viagem e conhecer outros lugares do Nordeste, as suas belezas naturais, museus, patrimônio histórico e cultural, praias e rios, passam por cima de Aracaju, e descem em Maceió para curtir as belas opções divulgadas e oferecidas pela Secretaria de Turismo do governo do  Estado de Alagoas.

                                    Maceió

Como não houve qualquer incremento do setor turístico em Sergipe durante essa fase de vigência dos contratos – antes pelo contrário, um decréscimo visto a olhos nus -, é de se concluir que foi no mínimo uma aplicação sem sentido e sem qualquer objetividade, investir em consultorias que nada fizeram para mudar a nossa realidade.

INVESTIGAÇÃO RIGOROSA

Pela repercussão do caso, e pelas suspeitas que terminou gerando, espera-se que o governador Belivaldo, assim como pediu ao TCE uma auditoria na folha de servidores do Estado para encontrar fantasmas ou duplicidade irregular de empregos, encaminhe pedido ao TCU, por se tratar de recursos federais, para fazer uma investigação rigorosa nos contratos de consultorias. 

O intuito seria o de conhecer sobre o mérito, a exigibilidade e a legalidade dos contratos assinados pela Secretaria de Estado do Turismo desde o ano de 2016.

No caso de qualquer irregularidade insanável o Estado seria ressarcido de algum prejuízo causado ao erário, e, havendo culpados que fossem punidos na forma da lei. 

É o que se espera de um governo que chegou pra resolver e que faz questão de apregoar a seriedade e o acerto de todos os seus atos envolvendo dinheiro público.

Uma observação que não pode passar ao largo é que, devido à soma elevada de recursos, tais contratos nunca seriam celebrados pela Secretaria sem o aprove-se ou a aceitação do governo.

A Secretaria de Estado de Comunicação, que sempre se manifesta com agilidade, ousadia e firmeza, desqualificando toda e qualquer crítica contra o governo, neste caso, estranhamente, optou pelo silêncio. 

Antes que um senador ou deputado federal se interesse pelo caso e consiga aprovar um requerimento de informações para melhor elucidar a exorbitância dos gastos de recursos da União com consultorias,  é aconselhável que o governo se  antecipe. 

ACV

RETALHOS DA POLÍTICA -NOS TEMPOS DA SUCESSÃO

NA ESCOLHA DO VICE, UM ABAIXO ASSINADO

A escolha do nome do Vice-governador de João Alves teve lances inusitados que merecem ser contados. Não se trata de aproveitar essas mal traçadas linhas para reclamar ou fazer queixas porque simplesmente, em dado momento, meu nome já não fora aproveitado para governador, e, para Vice, passei a ser uma hipótese longínqua. 

Ou seja, rifado para ser candidato a governador, cheguei a perder todas as chances de ganhar uma Vice. Por fatos aleatórios à minha vontade, acabei sendo colocado de novo   no tabuleiro da sucessão quando já me consideravam totalmente fora do processo. 

É o que vou contar a seguir. 

Depois do anúncio de João Alves como candidato à sucessão de Augusto Franco, e de Albano Franco para o Senado da República, teve prosseguimento o trabalho de bastidores no qual participava ativamente, dentro de um seleto grupo de políticos, o general Djenal Queiroz, Vice-governador de Augusto Franco. 

Dentro de pouco tempo, com o afastamento de  doutor Augusto do Governo para disputar uma vaga de deputado federal, ele seria guindado ao comando do Estado. Djenal Queiroz, militar da reserva do exército brasileiro,  era um prócer do antigo PSD, que fora presidente da Assembléia Legislativa, e um deputado de muito respeito. 

Juntos fomos deputados estaduais, e nos entendíamos maravilhosamente. Inclusive, recordo que, como o Regimento da Assembléia estava bastante defasado, fui escalado pelo presidente Djenal para elaborar um projeto de resolução e atualizá-lo.

Frequentemente, discutíamos as mudanças que tinham que  ser feitas nas regras daquele diploma legal que ditava o funcionamento da Casa.  Djenal, por ser o mais idoso e o mais experiente, era ouvido e acatado por todos. Exercera a função de líder do governo José Rollemberg Leite, sucedendo-me quando fui eleito no seu lugar para a presidência do Poder Legislativo.

O general tinha o Regimento Interno da Casa gravado em sua memória. Discutia no plenário com a oposição e levava quase sempre vantagem na derrubada de requerimentos incômodos contra o governo, convencendo à Mesa sobre as ilegalidades cometidas por seus autores.

Mas, tanto nas discussões de cúpula para a indicação do sucessor de Augusto Franco, como por ocasião da escolha do Vice de João Alves, Djenal opinava em particular em meu desfavor, sem nunca, porém, expor-se publicamente. No entanto, passado aquele tempo  de distanciamento, voltamos à velha amizade, sem quaisquer resquícios de mágoa. 

Logo  depois da decisão de cúpula que favoreceu a João Alves, tomei conhecimento de que uma lista de apoio estava percorrendo todo o Estado, para que lideranças do interior confirmassem aquela escolha, assinando o documento.  Levava a referida lista para a coleta das assinaturas  um amigo pessoal do doutor Augusto, Elber Ribeiro, que fora presidente da Assembléia Legislativa. 

 NA LISTA, GOVERNADOR SEM VICE

A mencionada lista trazia o nome completo do candidato a governador, contudo, curiosamente, omitia o nome daquele que seria o Vice de João Alves. Foi então que a famosa lista,  uma espécie de abaixo assinado, que já dispunha de algumas assinaturas de apoiamento, empacou na cidade de Itabaiana nas mãos do deputado estadual Francisco Teles de Mendonça,  conhecido pela alcunha de Chico de Miguel, a maior força eleitoral de todo o interior de Sergipe.  Eu havia sido o seu candidato a deputado federal nas eleições de 1978.

Abro um parêntese, antes de continuar este meu relato. Nesse intermédio, registro que concedi uma entrevista muito forte ao jornalista Diógenes Brayner que teve muita repercussão em todo o Estado, na qual fiz questão de demonstrar claramente o meu inconformismo da forma como estava sendo encaminhado o processo sucessório. Até então não havia  participado de nenhuma reunião para discutir o tema da sucessão,  cujo desfecho, eu tinha plena consciência  de que iria repercutir na minha carreira política, e na de tantos amigos que nos acompanhavam. Na hora da entrevista eu ainda nem sabia sobre o que estava acontecendo em Itabaiana. 

A REAÇÃO DE CHICO DE MIGUEL, LÍDER POLÍTICO DE ITABAIANA

Informaram a Chico de Miguel que o nome do Vice, até então oculto, seria o do deputado estadual Hélio Dantas, aliado de primeira hora do movimento em prol da candidatura de João Alves, filho do combativo e temido jornalista  Orlando Dantas, o qual, divulgara em seu jornal ataques tremendos contra Chico de Miguel.

O deputado itabaianense, ciente de sua força,  estava irredutível, e achava que era o momento de dar o troco. Então, Elber Ribeiro,  perguntou-lhe o porquê de não assinar a lista do governo, e Chico de Miguel não bateu fofo. Disse-lhe que o Palácio estava-lhe preparando uma armação para a indicação do Vice-governador, que recairia na pessoa de Hélio Dantas, filho de Orlando Dantas, o qual  se tornara seu inimigo público número um, na cidade de Aracaju.  E, em cima da bucha, falou-lhe:  “Eu tinha certeza que o nome do Vice seria o de Valadares, por que não botar aqui nesta lista o nome dele?”.  Elber Ribeiro pediu-lhe então pra ligar para o governador, já que ele não dispunha dessa autorização. 

Ao passar-lhe o telefone, o governador Augusto Franco,  ouviu de Chico que só colocava sua assinatura no abaixo assinado,  apoiando João Alves, se o Vice fosse o deputado federal Antonio Carlos Valadares. 

Chateado com os rumos da sucessão, ameaçou apoiar uma chapa alternativa com Valadares na cabeça da chapa majoritária. Mesmo arriscando tudo, estava decidido a se rebelar e enfrentar o governo. Para tanto, disse que contaria com o apoio de diversas lideranças, a exemplo de Ribeirinho de Lagarto, os irmãos Rollemberg (deputado federal Francisco e ex-prefeito Heráclito Rollemberg), e de outros líderes municipais que obedeciam à sua voz de comando.

Podia ser um blefe ou uma bravata  mas o fato é que os homens da cúpula do governo preferiram não testar.

Após Chico extravasar suas queixas contra o governo, que, em algumas vezes,  não atendera pleitos que fizera em benefício de municípios sob sua influência,  houve uma pausa para consultas. Elber ficou à espera de uma solução, sentado, na casa de Chico de Miguel. 

Veio a resposta de que na lista de apoio Elber Ribeiro podia colocar o nome de Antonio Carlos Valadares como Vice de João Alves.

Contudo, quando se esperava que as coisas estavam resolvidas, Chico, antes de assinar, exigiu que todos aqueles pedidos feitos por ele, e negados por doutor Augusto,  fossem imediatamente autorizados. Os pedidos diziam respeito a espaços de poder nos municípios que o Estado deixara, com o consentimento do governador, nas mãos de adversários políticos de Chico de Miguel.  Foi-lhe então dito que tudo seria resolvido. Como nunca ouvi de Chico qualquer reclamação a respeito, tenho como certo de que todas as suas pendências perante o governo foram rigorosamente atendidas …

Chico de Miguel tinha um prestígio eleitoral inegável. Por isso, era temido por aqueles que detinham o poder em Sergipe. 

O VICE APARECE NA ATA, SEM TER COMPARECIDO

Comecei a entender que a minha teimosia em manter a candidatura de José Valadares para Deputado Estadual, cuja retirada me havia sido sugerida pelo governador, estava criando obstáculos a composições políticas. Doutor Augusto, com certeza,  teria feito alguns compromissos contando com os votos de Simão Dias e dos municípios que acompanhariam Zé Valadares. Por isso que, insistiu o quanto pôde, e eu resolvi não atendê-lo. Aquilo deve ter resultado numa ponta de mágoa. 

Mas eu não podia recuar, uma vez que José Valadares fora muito correto comigo no início da minha carreira, quando, ao me afastar da Prefeitura de Simão Dias para ser candidato a Deputado Estadual, ele que era Deputado, renunciou o seu retorno natural à Assembléia Legislativa para me apoiar.

Mesmo sob o risco de ser prejudicado eu não faria isso com quem tanto me ajudara. O meu dever de gratidão falava mais alto. Mesmo sob o risco de contrariar o governador insisti na sua candidatura.

Quando soube das tratativas que resultaram na inclusão de meu nome compondo a chapa de João Alves da forma inusitada e antiquada como tudo acontecera, sem nenhum convite formal,  seja da parte de doutor Augusto Franco, ou do candidato a governador João Alves Filho, no dia da convenção não compareci à homologação da chapa majoritária. “Desapareci” de Aracaju. Ninguém conseguia falar comigo. Os telefones tocavam insistentemente em minha casa. A ordem era para informar que eu tinha viajado. Dormir até o dia seguinte. Quando acordei, soube que o meu nome constava na chapa majoritária do partido, na condição de Vice-governador. 

PARA ALMA CHAMUSCADA –  CALMA, PACIÊNCIA  E HUMILDADE 

Confesso que sai daquela fase de minha carreira política com a alma chamuscada pela voracidade dos acontecimentos que me pegaram de surpresa, e sobre os quais não tive força para controlá-los. Felizmente tive calma, humildade e paciência para entender tudo aquilo, e navegar sem mágoas. Não fosse assim, por certo, teria um destino diferente daquele que consegui alcançar nas minhas lutas políticas. 

Pela experiência que vivi naqueles lances que fazem parte de nossa história política,  terminei aprendendo a singrar por mares tempestuosos que eu julgava não  pudesse navegar. 

Vencendo a intolerância e os ataques injustos que foram desferidos contra mim toda vez que o meu nome surgia na disputa democrática das eleições,  guardo do povo eterna  gratidão, e também de quantos, me ajudaram –  ao filho de um  plantador de algodão, nascido num povoado de Simão Dias -, a chegar a cargos tão importantes do estrelato da política sem jamais chamuscar a minha honra e a sagrada bandeira do meu Sergipe.

Navegar é preciso, mas,  “faça como um velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar”. Argumento, de Paulinho da Viola. 

ACV

Síntese do resultado das eleições de 1982:

  • 1º colocado para governador: João Alves Filho (PDS) – 256.385 votos (76,12%)
  • 2º colocado para governador : Gilvan Rocha  (PMDB) – 77.420 votos (23,15%)
  • 1º colocado para senador : Albano Franco (PDS) – 247.255 votos  (76,18%)
  • 2º colocado para senador : Evaldo Campos (PMDB) – 74.874 votos(23,07%)

           Deputados federais eleitos pelo PDS   (governo): 

  • Augusto Franco – 102.006 votos
  • Francisco Rollemberg – 46.128 votos
  • Hélio Dantas – 28.142 votos
  • Gilton Garcia – 27.5550 votos
  • Celso de Carvalho – 22.841 votos
  • Adroaldo Campos – 11.745 votos

          Deputados Federais eleitos pelo PMDB (oposição):

  • José Carlos Teixeira – 30.968 votos
  • Jackson Barreto – 19.992 votos

IMPACIÊNCIA NO PLANALTO, TENSÃO NA ECONOMIA

 

“Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”.  Santo Agostinho

 
Não é preciso ser doutor em economia para entender as oscilações do mercado com o vai e vem da política. É sabido que as relações do presidente com o Congresso não são as melhores e isso tem criado tensões entre investidores que preferem, por enquanto, uma certa distância do Brasil. 

 

O receio de uma explosão negativa de nossa economia cria desestímulo a quem começou a acreditar no Brasil e está agora quase desistindo. A nossa indústria parada, o desemprego é alarmante. A atmosfera é asfixiante. Os investidores ficam nervosos, ou permanecem de braços cruzados, especulando no mercado financeiro, ou resolvem procurar outros países com mais segurança política e estabilidade econômica. 

Falas acima do tom geram a incerteza  e o temor de que o Brasil não vai bem. 

Com o dólar na casa dos R$ 4,10 e as sombrias perspectivas de um crescimento pífio do nosso PIB, da ordem de 1,24%, desencorajam a qualquer um, mesmo aos neófitos em economia.

Todavia, se em Brasília houvesse menos turbulência política, com certeza que o cenário seria muito mais favorável para quem observa o potencial de riqueza do nosso País e o tamanho de nossa população de mais de 200 milhões de habitantes, que gera um mercado consumidor invejável, como poucos, em todo o mundo. 

No início da semana a temperatura em Brasília estava fervendo por conta das declarações estapafúrdias do presidente menosprezando a atividade política, colocando-a quase como uma atividade pecaminosa, que, por defeitos fisiológicos apontados por ele, estariam interferindo na governabilidade. O próprio presidente começou a pregar movimentos de protestos contra o Congresso na tentativa de destravar a pauta e fazer andar os seus projetos. 

QUANDO SE ARTICULA ACONTECE

Bastou um pouco de articulação política e os projetos começaram a tramitar normalmente. A reforma da Previdência, que é tida pelo governo como tábua de salvação para resolver seus tormentosos problemas de caixa,  já tem data marcada para ser votada nas comissões e no plenário da Câmara. 

A classe empresarial brasileira, mesmo com as dificuldades típicas de um período desfavorável, que a obrigam a conter a expansão de seus negócios, limitando a oferta de empregos, espera que a confusão política no Distrito Federal, causada acima de tudo pela inabilidade do presidente que, apesar de sua longevidade parlamentar de 28 anos como deputado federal, parece que pouco ou quase nada aprendeu para se articular melhor com a classe política que ele abomina em suas tuitadas e tiradas populistas.

Em outros tempos de convulsão institucional e de nuvens pesadas que viveu o Brasil, com Jânio Quadros, Fernando Collor e Dilma Roussef, a sociedade pagou, e ainda faz a conta de suas perdas e danos, pela instabilidade que sobreveio em virtude das relações conflituosas com o Congresso. 

Não queremos o retorno a períodos de conflagração política que colocou em perigo a nossa democracia  e reduziu a nossa capacidade empreendedora de gerar empregos e superávites em nossa balança de comercial. 

A PACIÊNCIA É BOA CONSELHEIRA

O presidente e a sua equipe precisam botar a cabeça para pensar, calçar as sandálias da humildade e compensar ou  recuperar com paciência, trabalho e perseverança o tempo perdido.

Já se passaram quatro meses desde a posse de Bolsonaro sem nada de novo acontecer em seu governo.  Pede-se, em primeiro lugar, paciência ao presidente para saber agir melhor e destravar a nossa depauperada economia.

Como nos ensina Santo Agostinho, “não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”. 

 
 
 
 
 

 

VUCO VUCO – NOTÍCIAS DA REPÚBLICA BOLSOVARIANA E DE SERGIPE D’DEL REI

FUMAÇA DE MAU AGOURO

Quando os políticos se desinteressam do andamento das coisas do governo surge no ar uma fumaça de mau agouro. Não é bom sinal, e será bem  melhor para o País que o presidente comece a dialogar com o Congresso criando um clima de entendimento respeitoso. O governo do presidente Bolsonaro, se depender de articulação política no Congresso está no fim do poço.

DIVÓRCIO

Depois daquela postagem apócrifa atacando o corporativismo, impulsionada pelo próprio presidente, e atingindo por vias indiretas a todo o Congresso, deputados não estão nem aí para o governo. Frieza provoca divórcio.

CENTRÃO NO COMANDO

A pauta do governo está atrasada e nada se aprova na Câmara sem passar pelo crivo do Centrão, um bloco de 230 deputados que pode, querendo, infernizar a vida de Bolsonaro.

DITANDO A PAUTA

O grande comandante do Centrão é o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, que vem ditando a pauta de votação das matérias, sem dar a mínima para Bolsonaro. Mas, mantém ainda uma boa relação de amizade com o ministro da economia Paulo Guedes. 

NAS BARBAS DE BOLSONARO

Até a Reforma da Previdência, cujo projeto em tramitação é uma herança de Temer e que Bolsonaro apoia, está sendo retalhada ao meio. É a reforma da reforma que está sendo operada neste momento sob as barbas de Bolsonaro, que, pela desarticulação política de sua base, não apita em nada.

ASSIM NÃO HÁ CRISTÃO QUE DÊ JEITO

CCJ da Câmara dos Deputados tem na agenda para esta quarta-feira a votação da proposta de Reforma Tributária. Mais confusão à vista, por conta da inabilidade de Bolsonaro no trato com a classe política. Vai mandar pro Congresso outro projeto tratando do mesmo tema: a reforma tributária. Mais um confronto político desnecessário, mais um tiro no pé?

CRESCE DESEMPREGO EM SERGIPE

O desemprego no Brasil é uma verdadeira tragédia que se abateu sobre as famílias. Mas, proporcionalmente falando, a taxa de desemprego em Sergipe é maior do que a média nacional. Segundo o IBGE, no 1º trimestre de 2019, o desemprego cresceu 15,5% em Sergipe, superando a do país inteiro que é de 12,7%. O nosso Estado, entre os 27, está em 8º lugar em matéria de desemprego. Uma lástima. É uma pena que nem no Brasil nem em Sergipe tenha chegado alguém pra resolver.

NORDESTE RECEBERÁ VISITA

O presidente Jair Bolsonaro visitará o Nordeste na próxima sexta-feira . O presidente tem uma pauta cheia em encontro que vai acontecer em Recife com a presença de todos os governadores da Região. Nos últimos 3 meses o governo federal colocou na Região poucos recursos, quase 4% a menos do que no mesmo período do ano passado. Ele irá desembarcar em Pernambuco para sua primeira visita como presidente. 

Bolsonaro entregará um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida em Petrolina. Já em Recife, ele anunciará R$ 2,1 bilhões a mais de investimentos em infraestrutura para o Nordeste.

Bolsonaro promete descer do palanque e ajudar à Região cujos governadores foram eleitos sob a impulsão da onda petista.

A HABILIDADE DE LUCIANO BISPO

O deputado Luciano Bispo, presidente da Alese, tem sido o grande amortecedor para conter a frustração da base aliada do governo Belivaldo. 

Nessa fase de vacas magras, com muita habilidade, Luciano conduz a articulação política dentro da Casa para conter a insatisfação que queima por baixo como fogo de monturo.

A IRA E A BIRRA

O ex-prefeito de Poço Verde, Antonio  Dória, mais conhecido como Toinho (PSB), disse que foi abordado pelo governador Belivaldo quando de sua visita ao Caism (Centro de Atenção Integral à Mulher), onde trabalhava há 15 anos, o qual lhe perguntou se estava satisfeito no seu local de trabalho. Toinho caiu na besteira de dizer que estava.

Em poucos dias foi removido para a Vigilância Sanitária do Taj Mahal, obrigando-o a trabalhar num lugar para o qual ele não pediu.  Toinho, muito triste com essa postura de Belivaldo, julga-se perseguido por não ter votado com ele no pleito passado. “É preciso acabar o quanto antes com essa essa ira e essa birra, a eleição já passou”, pondera Toinho.

RETALHOS DA POLÍTICA – O NEGÃO GANHA O GOVERNO

A  SUCESSÃO DE AUGUSTO FRANCO

A sucessão de Augusto Franco (ano de 1982),  ocorreu dentro de um ambiente de grandes surpresas.

Grupos políticos com fácil acesso ao Palácio Olimpio Campos, com muita capacidade de movimentação e muito poder de fogo, inclusive em determinados setores da imprensa escrita,  foram convincentes e conseguiram envolver Augusto Franco que terminou desistindo de suas preferências pessoais para sucedê-lo. 

Conseguiram, em encontros de cúpula, e em conversas palacianas,  arrancar a indicação de João Alves Filho para governador, até então considerado como adversário número um de Augusto Franco.

A escolha ocorreu da noite para o dia, sem qualquer aviso, provocando um verdadeiro curto circuito na política de Sergipe, para não dizer um choque de elevado potencial, cujos efeitos só puderam ser avaliados e sentidos nas eleições subsequentes.

João Alves nunca se incomodou, antes pelo contrário, até estimulava que o chamassem de “O Negão” , apelido que, sem dúvida alguma, fortalecia-lhe uma aparência de origem humilde, e facilitava sua aproximação com o povo.

Porém, quando de sua indicação para o cargo de governador ele já era um empresário da construção civil de muito sucesso, tinha a fama de bom engenheiro, montara a Habitacional Construções.

Além do mais, seu pai, o construtor João Alves, com o seu próprio esforço tornara-se um grande empresário também do ramo da construção civil.

O fato de ter sido quatro anos prefeito indireto de Aracaju, nomeado pelo governador José Rolemberg Leite, ajudou-o na sua subida ao poder. Na prefeitura, realizou uma obra administrativa de grande porte. Como prefeito  pavimentou ruas, abriu avenidas e melhorou vários bairros construindo praças, escolas e postos de saúde. Cuidou do transporte urbano. 

Pela  competência demonstrada no exercício do cargo – que assumira como um outsider da política -, tornara-se uma séria opção para uma futura candidatura ao governo do Estado. 

A sua indicação para a prefeitura aconteceu por uma lance de sorte, sem que ele sequer estivesse esperando.

José Rollemberg Leite fez primeiro um convite ao então presidente do Banco do Estado de Sergipe, um dos políticos mais fortes daquele período, para que saísse do Banco e viesse ocupar o cargo de prefeito da Capital,  a segunda posição política mais importante, depois do governador. O indicado teria a vantagem de não enfrentar eleição,  tendo apenas de cumprir a formalidade de o seu nome ser aprovado pela Assembleia Legislativa.

Por mais estranho que pareça, Manoel Conde com muito jeito, para não ofender o governador, disse-lhe que se sentia honrado com a lembrança de seu nome para missão tão honrosa, porém, que ajudaria mais ao governo permanecendo no Banco.

Foi quando com muita sagacidade e visão política Manoel Conde teria lembrado o nome do engenheiro João Alves Filho, por quem o governador nutria uma grande admiração.

José Rollemberg Leite, que, na verdade, desejava fazer uma renovação nos quadros do Banese, esqueceu-se por uns tempos de seu intento. Convidou logo em seguida João Alves para o cargo, que aceitou sem pestanejar.

João Alves, provavelmente fez aqueles reparos de costume, que surgem sempre antes de se aceitar um convite tão generoso, e, aquele, provocaria uma grande mudança em sua vida de empresário. Por isso, suponho que João Alves teria dito ao governador que aquela tarefa iria exigir dele quase que uma entrega total, com o perigo de prejudicar as atividades de sua empresa, a Habitacional.

A INDICAÇÃO CAIU COMO UMA BOMBA

Naquela época o governador Augusto Franco tinha do seu lado quase a totalidade dos prefeitos e dos deputados estaduais, quase 100% da bancada federal e uma extraordinária aprovação de seu governo, com certeza,  o melhor daquele período anterior ao processo de distensão política do regime discricionário.

Possuía dois canais de televisão, a TV Sergipe e a TV Atalaia, o jornal de maior circulação (Jornal de Sergipe), duas emissoras de rádio, e, economicamente falando não tinha quem se comparasse a Augusto Franco, apesar de não só ele como todos os seus filhos jamais esnobassem riqueza e ostentação.  Agiam no meio social como pessoas simples, relacionavam-se com todas as camadas da população, desde os mais potentados aos mais humildes,  no trabalho e no entretenimento, sem aquela empáfia dos novos ricos.

Doutor Augusto, como era chamado pela maioria dos sergipanos, detinha um poder político visto por todos como incontrastável.  Acredito que ele estivesse ciente de seu poderio, mas, sequer usou-o  em sua própria sucessão, não percebendo que qualquer erro na escolha para sucedê-lo no governo, poderia determinar a sua queda como político e de todo agrupamento que construíra ao longo do tempo.

Por isso, dizia-se nas conversas políticas que doutor Augusto faria governador quem ele bem quisesse, não apenas pelo poder que possuía naquela época, como pelas próprias amarras criadas pela legislação então vigente, que deixava pouca margem para o sucesso das forças oposicionistas comandadas por José Carlos Teixeira e seus correligionários do velho MDB. Existia o voto vinculado, que obrigava o eleitor a votar,  sob pena de nulidade, em toda a chapa, desde deputado federal, governador, senador e deputado estadual.

Ficava mais do que claro de que aquele partido que agregasse mais apoio na capital e no interior, poderia ganhar as eleições como favas contadas. E o partido que mais tinha lideranças do seu lado era justamente o partido do governo, a ARENA. João Alves ao  perceber essa armadilha, saiu do PP de Tancredo Neves,  uma sigla de oposição,  para arranjar um jeito de, no partido do governo, ser um nome capaz de entrar na disputa sucessória onde suas chances seriam melhores. 

NOMES PREFERIDOS PELA ALA DE DOUTOR AUGUSTO

Eu e o senador Passos Porto éramos os preferidos naquele momento das definições, pelas ligações políticas que tínhamos com o grupo de Augusto Franco.

Passos Porto fora deputado federal por várias legislaturas, e conseguia eleger-se porque sabia fazer amigos. Quando as urnas eram abertas, Passos Porto surpreendia a todos com uma perfomance surpreendente. Não tinha dinheiro nem colégios eleitorais para lhe dar suporte eleitoral. Porém, tinha o faro para ir atrás do voto de simpatia. Portava-se como um verdadeiro formiguinha da política, e nunca se indispunha com ninguém. Só vinha a Sergipe no recesso porque tinha verdadeiro pavor de viagens aéreas. Mas, durante suas férias trabalhava sem descanso visitando seus eleitores, na capital e no interior. Fora um dos fiéis seguidores de Leandro Maciel, o maior líder da UDN, no passado. 

O meu nome era no entanto o mais cogitado para uma possível candidatura ao governo do Estado. Havia obtido a maior votação para deputado federal. Convidado pelo governador Augusto Franco, aceitei licenciar-me do mandato para ficar em Sergipe e assumir a Secretaria de Estado da Educação e Cultura. Tinha exercido os cargos de prefeito municipal de Simão Dias e deputado estadual por duas vezes, quando fui eleito pelos meus pares para a presidência da Alese. Com muita dedicação aos estudos consegui me formar em química industrial e direito. Eu me considerava pronto para ser governador se tivesse uma chance.

ALBANO E A CNI

O  fator que mais influenciou a escolha de João Alves foi sem dúvida a pretensão de Albano em ser candidato a Senador. Ele exercia a presidência da Confederação Nacional de Indústria (CNI), um cargo que era sinônimo de poder e prestígio, e o mais ambicionado entre os integrantes da  classe empresarial do Brasil.  A CNI atuava em todos os Estados com muita eficiência e desenvoltura. Essa função também lhe proporcionava muita visibilidade na mídia nacional onde aparecia quase que diariamente. De fato, nenhum outro sergipano ocupara até então cargo tão relevante e dispunha de tanto prestígio não só com os empresários, como também junto a figuras políticas importantes do alto escalão da República. Pela missão que desempenhava na CNI, distanciou-se um pouco da política local, mas pela sua forma cortês de tratar a todos, era visto e considerado como uma pessoa simples, muito simpática, e que despertava um certo orgulho aos sergipanos pela posição que ocupava no cenário nacional. Tinha o seu lugar guardado para ser um dia o governador de Sergipe, como de fato foi, por duas vezes seguidas.

Colocaram na cabeça de Augusto Franco que Albano só poderia ser eleito senador se entregasse o governo a João Alves.

O TEMOR DE ALBANO E O FANTASMA DO RISCO

Quem conhece de perto Albano Franco sabe o quanto ele sempre teve bastante  dificuldade em assumir posições que ele, na sua avaliação, possam ter qualquer risco. Essa cautela exagerada de Albano deve ter pesado e muito na decisão de seu pai em apoiar João Alves. 

Segundo a argumentação dos defensores dessa tese – que terminou sendo a vencedora nas conversas de bastidores, e na definição do candidato -, Augusto Franco não poderia eleger um governador do seu grupo, e, ao mesmo tempo,  levar para o Senado o seu filho, Albano Franco. Seria muito arriscado, argumentavam os defensores de João.

Cosme Fateira, um amigo do senador Passos Porto e da família Franco, conhecido por ser desbocado e irreverente, inconformado com a escolha, e achando que o governador tudo podia, saia falando aos quatro ventos: “doutor Augusto na hora de fazer a escolha se precipitou, devia ter escolhido o outro “Negão” e tava tudo certo …”. O outro “Negão” a que ele se referia era o motorista de Augusto Franco há mais de 40 anos. 

Viu-se nos episódios do futuro que João Alves, ingressando como um outsider,  na vivência do dia dia, e na prática da governança, adquiriu experiência para saber lidar com o mundo da política, e  mostrou competência, coragem e determinação para alcançar o topo que fora ocupado pelos líderes maiores do Estado de Sergipe. 

Cometeu-se um erro político que lá na frente iria repercutir em desfavor da família Franco, e no fortalecimento e consolidação do engenheiro João Alves Filho, o qual,  se afeiçoou logo ao poder, soube como poucos atrair lideranças para o seu lado e construir uma áurea de invencibilidade em muitas eleições que disputou até a sua retirada da política, por motivo de saúde.

No próximo capítulo, a escolha do vice-governador de João Alves.

ACV

O FÓSFORO E O BARRIL DE PÓLVORA

 

BOLSONARO ENSINA A ARTE DE ATIRAR NO PÉ

 

Quando as coisas estão calmas o mercado não grita nem diz nada. As bolsas se valorizam, os juros se acomodam, as empresas produzem mais, os empregos aparecem, e o Brasil melhora a sua economia. 

De repente, vem o presidente, fala o que não deve, seja no Brasil, ou nos EUA, e tudo volta à estaca zero. O invisível e poderoso mercado, que também se alimenta de crises para aumentar os seus lucros, mostra logo os seus tentáculos, fazendo aumentar os juros e o valor do dólar, enquanto recrudesce o desemprego,  aumenta a cesta básica e a inflação. 

A reforma da Previdência, antes cantada em prosa e verso como a salvadora da Pátria, de repente, deixa de ser prioridade para o presidente, porque se mostra politicamente incapaz de construir no Congresso uma base aliada que tenha boa vontade para sustentar e defender seus projetos.

Por causa dessa mudança de foco, de desvio do rumo traçado  e do humor inconstante do presidente, até essa galinha de ovos de ouro, a reforma da Previdência, prometida tantas vezes  por ele e  seu ministro da economia, se transforma numa simples galinha poedeira, cujos ovos apenas ficam mais caros, e produz mais inflação com o distanciamento cada vez mais evidente de Bolsonaro da questão previdenciária. A Reforma só vai haver se a Câmara assumir o fardo, e se o seu presidente Rodrigo Maia (DEM), resolver liderar a sua aprovação. 

Não votei em Bolsonaro, mas, sinceramente torcia e torço, para que o Brasil acerte o passo, e que a sua economia volte ao seu ritmo normal, a produção retome o seu crescimento e os empregos que perdemos desde a crise americana iniciada em setembro de 2007 com o nome de subprime, e o desastre da política econômica no Brasil em 2011. Que surjam novos postos de trabalho no horizonte do Brasil. Que possamos vencer esse número vergonhoso e catastrófico de 13 milhões de desempregados.

A sociedade civil está perplexa com a fraqueza intelectual, com o despreparo e o desequilíbrio emocional do presidente. Ao não conter as suas emoções Bolsonaro ensina a arte de atirar no pé. Aceita mexer no orçamento da União e aponta o gatilho para atirar nas Instituições de Ensino Públicas, achando que os seus gastos são incompatíveis com as nossas receitas, e não enxerga que educação, não é gasto, e, sim, investimento. Posso apontar no mundo inteiro dezenas de nações, como a Noruega (que era uma das mais atrasadas da Europa) que derrubaram o desemprego e a pobreza, adquirindo um nível de bem estar social invejável, porque incluiram como prioridade nos seus orçamentos  investimentos em favor da educação, pesquisa, inovação e tecnologia. 

AMEAÇA VERMELHA 

Todavia, o embate que agora se trava dentro do governo e entre os grupos que o apoiam, é que as universidades são um antro de agitadores esquerdistas, que nada produzem e só pensam em introduzir no Brasil o comunismo. Esse discurso é tão antigo e ultrapassado que lembra o macarthismo dos anos 50 nos Estados Unidos, que ficou conhecido como a segunda ameaça vermelha, em cujo período gerou-se uma onda de radicalismo e denúncias infundadas de traição, em nome de um suposto amor à Pátria, e que conseguiu dividir a sociedade americana, instalando o denuncismo, e o medo do perigo marxista. 

As ideologias estão morrendo e cedendo lugar a um novo Estado que garante a paz, crescimento,  a felicidade do emprego e o combate à fome. 

O FÓSFORO E O PATRIOTISMO MASCARADO

Dando a impressão aos incautos que professa o respeito à Bandeira e ao Hino Nacional, para fortalecer o amor à Pátria, coisa que aprendemos na Escola regular e na Escola da vida, o presidente, na hora do aperto se esquece de que a Pátria somos todos nós, e não ele só, pois, não considera, e devia considerar a quem não pensa como ele. Todos veem que, com o seu patriotismo mascarado, agride jornalistas que lhe fazem perguntas incômodas, chama manifestantes de idiotas úteis, assina decreto de disseminação das armas sem ouvir o Congresso, e, no caso do seu filho eleito senador, ao invés de estimular as investigações, se vitimiza, desafiando a Justiça e o Ministério Público que venham pra cima dele … 

Paciência presidente, não queremos no Brasil nenhum movimento parecido com  a ameaça vermelha dos Estados Unidos, apesar de sua afinidade com Trump e a desastrosa política americana, e  a continência ridícula à sua bandeira.

 

A última vez que movimento semelhante surgiu no Brasil,  serviu de pretexto para o golpe de 64. 

Querendo ou não, o presidente Bolsonaro, com sua conduta imprevisível e com seu linguajar de confronto, está acendendo fósforo num barril de pólvora, sem aquilatar para as consequências de que se houver a explosão ele próprio pode ser alcançado.

Ainda bem que os militares estão longe de pensarem em provocar uma explosão contra a democracia. 

ACV

 

VUCO VUCO – BOLSONARO, O INTOLERANTE

 

INTOLERÂNCIA

O presidente Bolsonaro corta as verbas da educação, sem nenhum aviso, sem nenhuma consideração, e, mesmo assim, comete o desplante de chamar de idiotas úteis manifestantes que clamam por mais recursos e por um ensino de qualidade. Que país é este? Foi por essa democracia intolerante que o eleitor brasileiro deu seu voto?  Jair Bolsonaro ultrapassou as medidas do respeito às manifestações civis, à divergência, ao contraditório, à  tolerância, sem as quais a democracia no Brasil estaria sendo sepultada. O governo está claramente demonstrando o seu viés autoritário a cada momento em que aparece alguém protestando. 

AUDIÊNCIA DE BOLSO E BELI 

A audiência do governador com o presidente Bolsonaro foi uma boa jogada de marketing, que teve efeitos positivos para quem foi de pires na mão reivindicar obras e recursos para executá-las. Durante uma semana a mídia só tocava nesse tema, como se alguém que  aparentemente fosse contra o sistema, e, de repente, aparece trocando gentilezas portando a bandeira da paz, em nome dos “altos interesses da sociedade” .  O encontro era necessário sim, mas fazer aquele estardalhaço de que um novo mundo poderia surgir, tenha paciência!

QUERO-QUERO

E, se não der certo? Se não der certo a conta ficará no colo de Bolsonaro.  Belivaldo poderá no futuro dizer, se o dinheiro não sair, que pediu, e o presidente negou. Vítima do governo Bolsonaro. Discurso de campanha. Afinal, o tapete vermelho foi colocado na entrada da audiência ao governador visitante,  e, como sinal de que os cofres seriam abertos para Sergipe foram convocados vários ministros para receber os pleitos de Belivaldo. O encontro só serviu para encher a mídia de notícias otimistas sem a mínima certeza do cumprimento pelo presidente. 

O que ficou claro na audiência, foi que, o presidente quer votos para a reforma da Previdência que Belivaldo não tem, e que, o  governador quer recursos financeiros para o Estado que Bolsonaro não tem.

GOVERNO DESARTICULADO

A desarticulação política do governo Bolsonaro provoca mais uma derrota na Câmara dos Deputados. Ministro da Educação Abraham Weintraub foi convocado para explicar o bloqueio das verbas para as Universidades Públicas. A Bancada do Centrão, composta de 250 deputados, de um total de 513 membros da Câmara, está fazendo corpo mole, deixando a coisa rolar para que o presidente se vire e atue pessoalmente para formar uma base sólida e assegurar a governabilidade, até agora não alcançada. Presidencialismo de coalizão como é o do Brasil,  todo chefe de governo ou negocia com o Congresso ou não vai pra frente. A participação dos partidos no governo é legítima em todo o mundo democrático. A escolha dos melhores não é fisiologismo nem sinal de corrupção. O presidente está confundindo as bolas, preferindo uma posição isolacionista, para não dizer individualista, como se, sozinho pudesse governar. O errado é comprar apoio com cargos. 

ESQUENTA A RELAÇÃO

A relação do governo federal está esquentando e chegando a uma situação de distanciamento com os líderes. O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) e Arthur Lira (PP-AL),  foram convidados pelo presidente Bolsonaro para uma reunião no Palácio do Planalto e recusaram-se a comparecer. O presidente ficou só tomando água e cafezinho esperando-os até que chegou a hora da viagem aos EUA, e foi para o aeroporto muito chateado. Os deputados mandaram dizer que para evitar especulações de que estariam atrás de vantagens como cargos ou posições no governo, por enquanto é melhor evitar conversar com o presidente, o qual, insinua a toda hora que todo deputado é fisiologista e que ele veio para mudar essa prática. Desse jeito, em pouco tempo o café vai ficar frio e pouca gente vai aparecer lá no Palácio. Quem está provocando esse mal-estar é a própria república bolsonariana que está no poder, na qual o chefe se acha a Providência Divina, e pensa que aprova tudo no Parlamento sem dar a mínima atenção aos deputados. 

BRASIL NO FUNDO DO POÇO

O Brasil está novamente às portas de uma recessão econômica. A queda no setor de serviços e o desemprego alarmante em todos os setores da atividade econômica, como na indústria e no comércio, estão deixando nervosos os aliados de Bolsonaro.  Ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que o Brasil está no fundo do poço em Comissão da Câmara dos Deputados. 

ARMAS LIVRES

Decreto de armas de Bolsonaro pode sofrer revés no STF. Já existem várias ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) tramitando na Suprema Corte, sob a vigilância e a interveniência do MPF.

EMPRESAS ESTÃO QUEBRANDO EM SERGIPE

Recebo a informação de um empresário do ramo da construção civil, de que cerca de 70% das empresas que trabalhavam para o Estado quebraram por falta de pagamento, enquanto que, as que ainda restam, se negam a participar das licitações.

 

LICITAÇÕES DESERTAS EM SERGIPE, NO ESTADO E NOS MUNICÍPIOS

As licitações do Estado e de quase todas as prefeituras não valem a nota de um conto; na maioria dos casos as licitações ficam desertas, sem o comparecimento de nenhum concorrente. Pelo andar da carruagem o rombo é maior do que o informado por Belivaldo quando esteve na Assembléia falando aos deputados.

Tempos sombrios para a classe empresarial sergipana.

DEMISSÕES EM MASSA EM EMPRESA TERCEIRIZADA DA DESO, POR QUE?

Uma abelha zuou no meu ouvido que a DESO mandou uma terceirizada demitir dezenas de empregados que estariam cobrando por fora valores absurdos para fazer ligações domiciliares no Sertão. Se foi assim, e se foi por isso, a Deso tem toda razão. 

ACV